
Cinco meses ap�s ser empossado no cargo, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) admitiu em entrevista � revista Veja, publicada na manh� desta sexta-feira, que j� 'chorou pra caramba' durante esse per�odo.
"J� passei noites sem dormir, j� chorei pra caramba tamb�m. Ang�stia, n�? T� faltando o m�nimo de patriotismo para algumas pessoas que decidem o futuro do Brasil", afirmou.
Bolsonaro reclamou do que ele classificou como 'sabotagens' ao governo, fruto de 'minist�rios aparelhados'.
De acordo com o presidente, ele tamb�m sofre com a 'inexperi�ncia' de sua base aliada, que esperam dele resolver os problemas 'no peito e na ra�a'.
A entrevista do presidente � Veja � publicada um dia depois de estudantes e professores irem �s ruas pela segunda vez, em menos de 15 dias, para protestar contra os cortes de recursos p�blicos para a educa��o.
Na entrevista � Veja, Bolsonaro reclamou tamb�m do que que ele avalia ser influ�ncia da esquerda. Para o presidente, essa inger�ncia ideol�gica de seus opositores � not�ria at� mesmo no Minist�rio da Defesa , hoje comandado pelo general Fernando Azevedo e Silva.
"No Minist�rio da Defesa, por exemplo, colocamos militares nos postos de comando. Antes, o minist�rio estava aparelhado por civis. Havia l� uma mulher em cargo de comando que era esposa do 02 do MST. Tinha ex-deputada do PT, gente de esquerda... Pode isso? Mas o aparelhamento mais forte mesmo � no Minist�rio da Educa��o ", disse Bolsonaro.
Na avalia��o do presidente, a 'sabotagem' ao seu governo � resultado de 'uma luta de poder' entre partid�rios da esquerda e da direita.
Che Guevara X Brilhante Ustra
O presidente aproveitou a entrevista para lembrar do ex-chefe do DOI-Codi coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, apontado como torturador pela Comiss�o da Verdade, que investigou os anos de chumbo da Ditadura Militar no Pa�s (1964/1985).
Durante a vota��o em plen�rio do impeachment, em 2016, da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) - presa e torturada nos por�es da ditadura- o ent�o deputado Jair Bolsonaro votou a favor do impedimento destacando em sua fala o ex-chefe do DOI-Codi.
"Pela mem�ria do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff", disse o ent�o parlamentar, no plen�rio da C�mara dos Deputados.
Nessa entrevista � Veja, Bolsonaro reiterou seu apre�o a Ustra ao afirmar n�o ser contra os estudos nas escolas e universidades sobre Che Guevara, o guerrilheiro e um dos l�deres da Revolu��o Cubana. Entretanto, ressalva, Ustra tamb�m deve ser mencionado nas escolas e universidades brasileiras, em oposi��o a Che Guevara.