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Estado de Minas

Vereador da 'rachadinha' nega pr�tica e diz que outro parlamentar da Casa trama contra ele

Cl�udio Duarte dep�s na Comiss�o Processante e disse que corre risco de morrer caso revele o nome do colega de C�mara que est� agindo contra ele


postado em 10/06/2019 19:01 / atualizado em 10/06/2019 19:21

 

(foto: Bernardo Dias/CMBH)
(foto: Bernardo Dias/CMBH)

 

O vereador Cl�udio Duarte (PSL) foi ouvido nesta segunda-feira pela comiss�o processante na C�mara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), onde responde a processo por quebra de decoro, devido �s den�ncias de pratica de “rachadinha”. Ele negou a exist�ncia do esquema em seu gabinete e alegou que est� sendo v�tima de uma “trama” articulada por outro parlamentar da Casa.

Sem citar o nome, ele justificou a postura de n�o denunciar, pois correria risco de morrer. Mas ressaltou ter farto material para comprovar a tese.


A Pol�cia Civil de Minas Gerais concluiu em 22 de maio o inqu�rito policial que apurou o desvio de recursos p�blicos por Cl�udio Duarte. Ele foi preso temporariamente em 2 de abril e deixou a Penitenci�ria Nelson Hungria 10 dias depois. O parlamentar voltou a C�mara na semana passada, ap�s ficar 60 dias afastado a pedido da Justi�a.


De acordo ele, sua pris�o e o processo que responde na C�mara s�o fruto de uma a��o arquitetada por outro vereador da Casa. Ele alega que diante da gravidade e da periculosidade do advers�rio, ele preferia n�o revelar o nome para evitar perder “a paz” e a pr�pria vida.

“Eu prefiro que esse julgamento seja feito da forma que voc�s acharem que deve ser, sem eu ter que expor isso, porque eu n�o vou ter mais paz na minha vida se eu colocar isso aqui a p�blico. � coisa pesada, infelizmente eu tenho v�rios �udios, v�rias falas, v�rias provas, mas eu n�o quero fazer uso delas, porque n�o vou ter mais paz”, afirmou aos integrantes da comiss�o.


Duarte acusou o ex-funcion�rio Marcelo Caciano de agir em conluio com o tal parlamentar para que a Justi�a determinasse a pris�o dele e tamb�m fosse alvo de processo para perder o mandato. Ele chamou de “inverdades” as acusa��es de morte que teria feito a Caciano e de que agia para atrapalhar as investiga��es.

“Foi um parlamentar dessa Casa, junto com o denunciante (Marcelo Caciano) ao Minist�rio P�blico para fazer o registro e fez quest�o de colocar essas duas situa��es para que pudesse ter certeza de que eu seria preso, porque era o que a Casa precisa para que pudesse me cassar”, denunciou.


Defesa


Ainda durante o depoimento � comiss�o processante, Cl�udio Duarte disse que o esquema de seus advers�rios resvalou na sua defesa no processo. Isso porque o advogado que o atendia teria agido de forma relapsa com o objetivo de prejudic�-lo e contribuir com a “trama” planejada contra ele.

O vereador disse que Wilian Reis teria assumido a sua defesa ap�s amigos terem pedido indica��o a integrantes da Pol�cia Civil de um profissional para cuidar da defesa do parlamentar.

“Eu troquei de advogado no meio do processo, porque o meu advogado n�o estava me defendendo. Ele estava colocando a minha cabe�a na bandeja pro meu grupo contr�rio. E minha fala l� (no depoimento � Pol�cia Civil) e do chefe de gabinete foi sob press�o desse advogado que queria minha cabe�a. Uma trama muito pesada, uma indu��o para que eu ficasse preso e perdesse meu mandato”, disparou.


Rachadinha


Ainda durante o depoimento � comiss�o, Duarte voltou a negar as acusa��es de que seus funcion�rios de gabinete teriam que repassar parte dos sal�rios para ele. O esquema foi denunciado por um dos assessores do parlamentar, Marcelo Caciano, a quem o vereador atribui todas as irregularidades apontadas pela pol�cia. Entre elas a de que um dos funcion�rios recebia em folha R$ 11 mil, mas era repassado apenas R$ 1 mil a ele mensalmente.

O vereador contou que ao tomar conhecimento da situa��o exonerou o funcion�rio S�rgio Reis, que, por sua vez, disse que o cart�o ficava com Marcelo. Mas, o assessor, ao ser informado que tamb�m seria desligado o amea�ou.

“Em uma das conversas que n�s tivemos eu adiantei pra ele que seria exonerado, ele ent�o me amea�ou e disse que se se acontecesse inventaria um monte de coisas e acabaria com minha vida”, disse sobre o assessor.


Ele ainda declarou que as contribui��es dos funcion�rios do gabinete eram dadas de forma espont�nea para o PMN, partido que fazia parte antes de migrar para o PSL. “A �nica condi��o que acontecia dentro do gabinete e, ainda assim, sem o meu aval eram essas contribui��es para o meu partido”, disse. Negou tamb�m que tenha tido dificuldades financeiras a ponto de precisar da contribui��o dos funcion�rios.


Segundo o inqu�rito da Pol�cia Civil de Minas Gerais, o parlamentar embolsou R$ 1 milh�o desde janeiro de 2017, quando iniciou o mandato no Legislativo da capital. O termo rachadinha se refere � pr�tica de parlamentares contratarem comissionados e exigirem que eles devolvam parte do valor pago como sal�rio ao patr�o.


A reportagem entrou em contato com Wilian Reis, que atuou na defesa de Cl�udio Duarte, mas ele n�o comentou as acusa��es. J� a comiss�o processante tem at� julho para concluir os trabalhos de investiga��o.


 


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