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Estado de Minas

Rodrigo Maia se diz 'perplexo' com a demiss�o de Levy

Para o presidente da C�mara, o ex-ministro era um quadro de qualidade que tinha muito a acrescentar para garantir as reformas que o pa�s precisa neste momento


postado em 17/06/2019 07:54 / atualizado em 17/06/2019 08:57

(foto: WILSON DIAS/AGÊNCIA BRASIL)
(foto: WILSON DIAS/AG�NCIA BRASIL)
A participa��o do ministro da Economia, Paulo Guedes, no processo de "fritura" de Joaquim Levy antes do pedido de demiss�o da presid�ncia do BNDES deixou o Congresso com a impress�o de que a equipe econ�mica continua participando da "usina de crises". O presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse ao jornal O Estado de S. Paulo que ficou "perplexo" pela forma como o ministro tratou o subordinado. Para ele, o ex-ministro era um quadro de qualidade que tinha muito a acrescentar para garantir as reformas que o pa�s precisa neste momento. 

O presidente da Comiss�o Especial da Reforma da Previd�ncia, deputado Marcelo Ramos (PR-AM), tamb�m criticou a demiss�o. "O presidente Bolsonaro n�o entendeu que alguns quadros s�o suprapartid�rios. Eles n�o contribuem com um ou outro governo. Contribuem com o pa�s", disse. "� uma pena. No fim das contas, quem perde � o Brasil."
J� o l�der do Podemos, Jos� Nelto (GO), levantou d�vidas sobre o real motivo da demiss�o. "Estou preparando para que ele seja convocado na Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) do BNDES, ele ter� de ir l� explicar o motivo da demiss�o dele. Se foi por um motivo pol�tico ou se foi porque ele n�o quis abrir a caixa-preta do BNDES. Porque ele n�o mostrou os empr�stimos internacionais, para pa�ses da Am�rica e da �frica, para a JBS tamb�m", disse.

A C�mara criou em mar�o uma CPI para examinar opera��es do banco de 2003 a 2015, com foco no financiamento � internacionaliza��o de empresas. Em abril, o banco chegou a criar um Grupo de Trabalho para atender com informa��es e documentos solicitados pelos deputados.

Um pedido para Levy se explicar no Congresso j� tinha sido aprovado em abril. O presidente da CPI, o deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP), disse ao Estado que vai decidir nesta segunda, 17, com os colegas da comiss�o a data da ida de Levy ao colegiado. 

At� agora, Guedes era um dos poucos ministros do presidente Jair Bolsonaro que n�o tinha batido de frente com o Legislativo. Em um momento delicado para a tramita��o da Previd�ncia, a nova onda de crises incitou algumas lideran�as a buscarem ainda mais o protagonismo das reformas econ�micas. 

Uma poss�vel consequ�ncia aos ataques de Guedes, segundo uma fonte, seria o Congresso assumir totalmente o protagonismo da pr�xima grande reforma que � a tribut�ria, deixando o Executivo de fora. A proposta do deputado Baleia Rossi (MDB-SP), prev� a unifica��o de cinco tributos - IPI, PIS, Cofins, ICMS e ISS - num �nico Imposto sobre Opera��es com Bens e Servi�os.

Previd�ncia

A equipe econ�mica, por�m, trabalha para reatar a rela��o com o Congresso, com o principal objetivo de fazer ajustes no parecer da reforma da Previd�ncia apresentado pelo deputado Samuel Moreira (PSDB). 

"A equipe econ�mica come�a a tumultuar a parte pol�tica", afirmou o l�der do Podemos na C�mara, Jos� Nelto (GO). "O Congresso tem sido parceiro do Brasil e vai tocar todas as reformas. Temos de assumir o protagonismo", afirmou. "O governo tem sido inconstante. Muda as coisas, como quem muda de camisa. Ningu�m pode ensinar o governo a governar", critica o l�der do PL (antigo PR), Wellington Roberto (PB).

Para o cientista pol�tico da Funda��o Getulio Vargas (FGV), Marco Antonio Carvalho Teixeira, o governo a perder protagonismo em quest�es como a reforma da Previd�ncia. "N�o sabemos o futuro do governo desse jeito. O governo perdeu capacidade de articula��o e a impress�o que tenho � que o protagonismo em rela��o � reforma da Previd�ncia vai sair do Congresso e n�o do governo", afirmou.

Os l�deres s�o praticamente un�nimes ao negar que as cr�ticas de Guedes ao Congresso possam atrapalhar a aprova��o da Previd�ncia. "A reforma da Previd�ncia � do Brasil", diz Wellington Roberto. Sem comentar a crise, o presidente do PRB, deputado Marcos Pereira (SP), reafirmou neste domingo pelo Twitter, seu apoio � proposta. "N�o � de hoje que a reforma da Previd�ncia � essencial para a recupera��o econ�mica do Brasil, por isso eu sou favor�vel."

Procurado pela reportagem, Guedes n�o respondeu. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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