O vereador Carlos Bolsonaro (PSC/RJ), um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, disse esperar que a Pol�cia Federal (PF) n�o d� � investiga��o dos supostos ataques de hackers aos celulares de membros das for�as-tarefa da Lava-Jato e do ministro S�rgio Moro o "mesmo ritmo e linha" que deu � tentativa de assassinato de seu pai.
Carlos j� havia abordado o caso no dia 9, ap�s divulga��o de uma nota em que a for�a-tarefa da Lava-Jato no Minist�rio P�blico Federal no Paran� indicou que seus membros haviam sido "v�timas de a��o criminosa de um hacker que praticou os mais graves ataques � atividade do Minist�rio P�blico, � vida privada e � seguran�a de seus integrantes".
Horas ap�s a publica��o do texto do MPF, o vereador compartilhou um coment�rio do senador Alessandro Viera (Cidadania), que dizia que o objetivo do ataque era "claro", de "tumultuar processos e investiga��es, barrando o combate � corrup��o no Brasil", sendo as "t�ticas hackers" mais uma etapa dessa guerra.
A nota da procuradoria indicava que um hacker invadiu telefones e aplicativos de procuradores, "tendo havido ainda a subtra��o de identidade" de alguns integrantes da for�a-tarefa em Curitiba. O texto dizia ainda que "foram obtidas c�pias de mensagens e arquivos trocados em rela��es privadas e de trabalho".
O texto reagia �s reportagens do site The Intercept Brasil, que divulgou na tarde do mesmo dia o suposto conte�do de mensagens trocadas pelo ent�o juiz federal Sergio Moro e por integrantes do Minist�rio P�blico Federal, como o procurador da Rep�blica Deltan Dallagnol, coordenador da for�a-tarefa em Curitiba.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo sobre o ataque cibern�tico e o vazamento de di�logos, Moro disse que o Pa�s est� diante de "um crime em andamento", promovido, conforme sua avalia��o, por uma organiza��o criminosa profissional.
As investiga��es
Em maio a Pol�cia Federal instaurou um inqu�rito para investigar ataques feitos por hackers aos celulares de procuradores da Rep�blica que atuam nas for�as-tarefa da Lava-Jato. A apura��o teve in�cio ap�s uma notifica��o enviada pelos procuradores � PF.
J� no in�cio de junho outra investiga��o foi aberta para apurar ataques ao celular do ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica, S�rgio Moro.
A procuradora-geral da Rep�blica Raquel Dodge defende que a investiga��o em rela��o aos ataques cibern�ticos criminosos contra membros do Minist�rio P�blico Federal seja unificada.
Em of�cio encaminhado na �ltima quarta-feira, 12, ao diretor-geral da Pol�cia Federal, Maur�cio Leite Valeixo, Raquel afirma "considerar necess�rio adotar uma linha de investiga��o que possa esclarecer, al�m do modo de atua��o criminoso, os motivos e eventuais contratantes de um ataque cibern�tico sistem�tico contra membros do MPF, principalmente aqueles que atuam nas For�as-Tarefas da Lava Jato do Rio de Janeiro e Curitiba".
A facada
Na sexta-feira, 14, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que ir� tomar provid�ncias sobre a decis�o que absolveu Ad�lio Bispo de Oliveira em a��o penal referente � facada no ent�o candidato � Presid�ncia, em setembro de 2018.
O juiz federal Bruno Savino, de Juiz de Fora (MG), converteu a pris�o preventiva de Ad�lio em interna��o provis�ria, e o manteve na Penitenci�ria Federal de Seguran�a M�xima de Campo Grande (MS). O autor da facada foi considerado inimput�vel.
Para Bolsonaro n�o h� "d�vida" de que acertaram com Ad�lio uma tentativa de assassinato. "A gente sabe que o circo � armado, tentaram me assassinar sim. Eu tenho a convic��o quem foi mas n�o quero falar porque n�o quero fazer um prejulgamento de ningu�m", disse o presidente a jornalistas.