
Durante audi�ncia na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) do Senado nesta quarta-feira, 19, o ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica, Sergio Moro, se manifestou contra a introdu��o de provas il�citas em um processo. Ele separou o posicionamento, no entanto, do caso envolvendo as supostas mensagens com procuradores durante a Opera��o Lava-Jato.
Para Moro, n�o h� boa inten��o ao "introduzir provas il�citas que podem ter sido ainda adulteradas, editadas, mudadas, e que s�o utilizadas aqui n�o para proteger o inocente, est�o sendo utilizadas aqui para minar os esfor�os anticorrup��o".
Embates
Moro protagoniza embates localizados com parlamentares ao falar sobre o caso na CCJ do Senado. O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) defendeu o trabalho da Lava-Jato, mas questionou a parcialidade do ex-juiz e perguntou a Moro se ele seria a favor de usar provas il�citas em processos criminais, como defendeu o pacote das dez medidas de combate � corrup��o apresentado pelo Minist�rio P�blico Federal.
"Me espanta falar em m�rito da opera��o Lava-Jato", disse o ministro ao parlamentares. "Pelo que entendi da sua fala, o senhor defende a anula��o de tudo ent�o, todas as den�ncias condena��es, devolver o dinheiro para Renato Duque, Paulo Roberto Costa... (diretores da Petrobras condenados na Lava-Jato)", afirmou o ministro. O senador afirmou que Moro estava colocando palavras na sua boca.
Em outro momento, o l�der do PSD no Senado, Otto Alencar (BA), declarou que Moro tinha "p�ssima mem�ria". Na CCJ, o ministro afirmou que � imposs�vel lembrar de todo o conte�do de mensagens trocadas h� dois ou tr�s anos. A presidente do colegiado, Simone Tebet (MDB-MS), pediu ordem aos senadores.
Defensores de Moro, entre eles senadores do PSL, sentaram nas cadeiras da frente no plen�rio da comiss�o e defenderam o ministro em suas falas. Houve parlamentares governistas que chegaram a reservar lugares para colegas. Al�m disso, alguns deputados favor�veis a Moro foram ao Senado acompanhar a audi�ncia.