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Estado de Minas

Moro chamou membros do MBL de ''tontos'' e reclamou de ''lamban�a'' da PF

Em di�logos atribu�dos a S�rgio Moro e Deltan Dallagnol, divulgados por site e jornal, o ent�o juiz federal reclama de protesto do MBL contra Teori Zavascki e de ''erro'' cometido pela Pol�cia Federal


postado em 23/06/2019 12:05 / atualizado em 23/06/2019 12:10

(foto: Ed Alves/CB/D.A Press)
(foto: Ed Alves/CB/D.A Press)

Em novos trechos de conversa por celular atribu�da ao ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica, S�rgio Moro, e ao procurador da Rep�blica Deltan Dallagnol, o ent�o juiz federal se mostrou incomodado com um erro cometido pela Pol�cia Federal e com uma manifesta��o organizada por integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL) contra o hoje falecido ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki. Os di�logos foram, mais uma vez, publicados pelo site The Intercept Brasil, mas agora em parceria com o jornal Folha de S. Paulo.

Segundo as duas publica��es, uma das conversas entre Moro, juiz respons�vel pelos julgamentos da Lava-Jato, e Dallagnol, coordenador da for�a-tarefa da opera��o no Minist�rio P�blico Federal (MPF) em Curitiba, ocorreu na noite de 23 de mar�o de 2016, quando um grupo ligado ao MBL em Porto Alegre foi at� o pr�dio onde Zavascki tinha apartamento e pendurou faixas nas quais chamava o ministro do STF de "traidor" e "pelego do PT".
"N�o sei se vcs tem algum contato mas alguns tontos daquele movimento brasil livre foram fazer protesto na frente do condominio do ministro. Isso n�o ajuda evidentemente", escreveu Moro a Dallagnol no aplicativo de mensagens Telegram, segundo as publica��es.

Dallagnol teria ent�o ponderado que n�o seria boa ideia tentar contato com o MBL e nenhuma medida foi tomada. Procurados agora pelas reportagens, Dallagnol n�o se manifestou e Moro disse que "sempre respeitou o MBL" e voltou a criticar o vazamento das mensagens, das quais "n�o confirma a autenticidade". 

"Bola nas costas da PF"

O motivo do protesto do MBL era a decis�o de Zavascki, tomada naquele dia 23, de determinar o sigilo das conversas telef�nicas entre os ex-presidentes Luiz In�cio Lula da Silva e Dilma Rousseff, que Moro havia tornado p�blicas em 16 de mar�o e acabado por impedir que Lula se tornasse ministro de Dilma, amea�ada de impeachment. Zavascki tamb�m havia pedido que Moro enviasse os processos envolvendo Lula ao STF. Os processos acabariam devolvidos a Moro em abril daquele ano.

Desde a divulga��o da conversa entre Lula e Dilma, Moro vinha sendo alvo de muitas cr�ticas e a rela��o entre o juiz e o STF havia ficado tensa. Um dia antes da mensagem sobre o MBL, Moro criticou tamb�m a divulga��o de uma lista de pol�ticos suspeitos de receber propina da Odebrecht feita pela Pol�cia Federal.

Moro temia que a divulga��o de nomes com foro especial, logo de jurisdi��o do STF, soasse como uma afronta dele e da Lava-Jato ao Supremo. "Tremenda bola nas costas da PF. E vai parecer afronta", escreveu Moro a Dellagnol, segundo a reportagem da Folha e do Intercept. Depois de ouvir do procurador que a PF n�o havia agido de ma-f�, mas se enganado, Moro prosseguiu com o tom cr�tico: "Continua sendo lamban�a. N�o pode cometer esse tipo de erro agora". Dallagnol tentou acalmar Moro dizendo que todos trabalhariam para preservar sua imagem. "N�s faremos tudo o que for necess�rio para defender Vc de injustas acusa��es", escreveu o procurador.

Sem ind�cios de adultera��o

Em outra mat�ria, a Folha afirma que analisou os di�logos pelo celular obtidos pelo site The Intercept Brasil e que "n�o detectou nenhum ind�cio de que ele possa ter sido adulterado". O jornal acrescenta que o acervo, al�m de mensagens de texto, inclui �udios, v�deos, fotos e documentos compartilhados no aplicativo (Telegram)". 


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