
O jornalista Glenn Greenwald, fundador do The Intercept Brasil, participa de uma audi�ncia na tarde desta ter�a-feira (25/6) na Comiss�o de Direitos Humanos e Minorias da C�mara dos Deputados.
O requerimento foi feito pelos deputados Camilo Capiberibe (PSB-AP), Carlos Veras (PT-PE), M�rcio Jerry (PC do B-MA) e T�lio Gadelha (PDT-PE). No documento apresentado � Casa, os parlamentares afirmam que “os direitos dos cidad�os objeto da Opera��o Lava-Jato, particularmente do cidad�o Luiz In�cio Lula da Silva, foram violados sistematicamente” e que as reportagens publicadas pelo jornalista “jogam d�vidas contundentes sobre a imparcialidade na atua��o do Juiz Sergio Moro”.
Greenwald agradeceu pela oportunidade da discuss�o e falou sobre a import�ncia da democracia em uma imprensa livre.
"Nas �ltimas semanas, pol�ticos vem falando coisas falsas para me atacar e essa � uma oportunidade para esclarecer. Estou desapontado porque os partidos ficam fazendo acusa��es falsas sobre mim, queria discutir essas acusa��es cada a cara com eles, mas � muito mais f�cil para eles fazer isso a partir de um computador. Tem muitas pessoas querendo criar a percep��o de que cheguei h� dois dias atr�s, como estrangeiro. A realidade � contr�ria. O Brasil � meu lar de 2005", afirmou.
O jornalista contou que trabalhava no jornal "The Guardian" e deixou o cargo para criar o "The Intercept", visando o jornalismo independente.
"Em 2016, decidimos criar o The Intercept Brasil, composto por editores e jornalistas brasileiros. Nas �ltimas semanas, eles t�m tentado desacreditar nossa reportagem. Isso n�o � s� falso, como injusto. Eu n�o sou o dono, n�o sou um s�cio, n�o recebemos lucro, estamos apoiados por Ong. Essas reportagens n�o est�o sendo feitas n�o por um jornalista casado com um deputado do Psol, mas por um time de jornalistas brasileiros".
Ele afirma que, ao come�ar a ler o material recebido pela fonte, ficou 'chocado' com o conte�do. "Como advogado constitucional formado nos Estados Unidos, vendo um juiz colaborando n�o �s vezes, n�o em casos isolados, mas o tempo todo.
"Nos Estados Unidos � impens�vel que um juiz fa�a isso, perderia o cargo. � impens�vel que um juiz se comportasse assim, em qualquer caso. Me consultei com juristas e advogados, para entender se eles entendiam como eu. Todos os especialistas e advogados que olharam o material reagiram do mesmo modo como eu. N�o s� chocados, mas indignados sobre como esse material mostrava um abuso do poder".
Ele confirmou ainda a integridade do material recebido. "Passamos pelas m�os de v�rios jornalistas. Todos eles conclu�ram que os documentos s�o aut�nticos. Moro e Dallagnol sabem disso. Se dizem o contr�rio, � para criar d�vida