Greenwald: 'Vamos soltar �udio quando o material estiver publicado'

Ao ser desafiado pela parlamentar Carla Zambelli (PSL) durante a audi�ncia na comiss�o a mostrar provas sobre a autenticidade das mensagens publicadas sobre Moro e Dallagnol, o jornalista Glenn Greenwald, fundador do The Intercept Brasil, afirmou durante a audi�ncia na Comiss�o de Direitos Humanos e Minorias da C�mara dos Deputados que divulgar� �udios. "Vamos soltar �udio quando o material estiver publicado e vai se arrepender muito de pedir", respondeu � deputada.

"Abrimos o acesso ao material. Convidamos outros jornalistas de outras ideologias para reportar junto conosco. Todos os jornalistas conclu�ram que o material tem integridade total e n�o h� sinal de que foi alterado. Por que partilhar com outros ve�culos se estivesse planejando qualquer outra coisa? Se n�o mostramos provas, por que outros jornais que apoiavam Moro o tempo todo leram as reportagens e disseram que ele deveria renunciar como ministro e que Deltan deve ser afastado? Se n�o mostramos evid�ncias, porque todos os apoiadores o est�o abandonando?", questionou.

Ele ainda citou a reportagem da Folha publicada no domingo, como um trabalho conjunto com o The Intercept e disse que o conte�do incluiu al�m das mensagens, v�deos, �udios e documentos.

Durante a comiss�o, a aus�ncia de Moro e a viagem ao EUA foi questionada. Greenwald mandou ainda uma mensagem para o ministro:

"Ningu�m tem medo dessa t�ticas. Temos uma reda��o cheia de jornalistas brasileiros que est�o ouvindo essas amea�as e continuam reportando. � exatamente isso o que eles v�o continuar fazendo. Se sou criminoso e cometi crimes graves, onde est� sua evid�ncia? Volto a repetir. Poderia sair a qualquer momento do pa�s, mas n�o vou. Moro n�o tem evid�ncia e esse pa�s tem constitui��o que garante a liberdade da imprensa"

Greenwald reconheceu que Moro fez boas a��es enquanto juiz, mas criticou modo de agir do ministro.

"Elogio o trabalho da Lava-Jato, defendi. Sou a favor da luta contra a corrup��o, mas isso n�o significa que tem o direito de quebrar a lei, ser corrupto e quebrar o c�digo de �tica. Os fins n�o justificam os meios que ele usou".