O presidente em exerc�cio, Hamilton Mour�o, foi taxativo, na tarde desta quinta-feira, 27, ao afirmar que o ministro do Turismo, Marcelo �lvaro Ant�nio, poder� deixar o cargo, caso as investiga��es da Pol�cia Federal comprovem a participa��o dele no esquema envolvendo candidaturas de laranjas do PSL em Minas Gerais. Nesta quinta, o assessor especial do ministro, Mateus Von Rondon, foi preso em Bras�lia. Contudo, Mour�o pediu cautela para que �lvaro Ant�nio n�o seja linchado antes do "desenlace da investiga��o".
"�bvio que se houver alguma culpabilidade dele neste processo, o presidente n�o vai ter nenhuma d�vida em substitu�-lo. Mas vamos lembrar que sempre que a gente colocar a culpabilidade na frente dos acontecimentos as coisas n�o funcionam corretamente. Ent�o, n�o vamos linchar a pessoa antes de todos os dados serem esclarecidos", afirmou.
Em Porto Alegre, Mour�o participou da posse da nova presid�ncia do Tribunal Regional Federal da 4.� Regi�o (TRF-4). Ap�s cerim�nia, ele refor�ou que o caso envolvendo a pris�o de laranjas do PSL n�o trar� reflexos na articula��o do Pal�cio do Planalto com o Congresso em meio �s discuss�es sobre a reforma da Previd�ncia. "Eu julgo que n�o at� porque ele n�o � nenhum encarregado da articula��o pol�tica", mencionou o general. Ainda sobre o epis�dio, o presidente em exerc�cio refor�ou que o caso ser� examinado internamente ap�s retorno de Jair Bolsonaro do Jap�o.
Hamilton Mour�o tamb�m comentou os resultados negativos apontados contra o governo ap�s divulga��o da pesquisa Ibope nesta quinta-feira. "Toda vez que voc� est� no Executivo, com uma s�rie de reformas para tocar frente e enfrentando uma situa��o dif�cil, principalmente na quest�o econ�mica, � �bvio que � normal esta queda na popularidade e da avalia��o do governo", admitiu.
O estudo feito pelo Ibope e divulgado pela Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI) revelou que a avalia��o positiva (�timo e bom) de Bolsonaro passou de 35% em abril para 32% em junho, mostrando uma tend�ncia de queda. Al�m disso, a avalia��o negativa (ruim e p�ssimo), por sua vez, subiu de 27% para 32% no mesmo per�odo.
J� sobre o documento divulgado pela Organiza��o das Na��es Unidas (ONU) sobre o impacto das mudan�as clim�ticas, que considerou o presidente Bolsonaro um "fracasso", Mour�o rebateu. "Na minha vis�o pessoal, a ONU est� se perdendo ao logo do tempo e em determinadas discuss�es. O presidente Bolsonaro � um l�der reconhecido aqui dentro do nosso pa�s", considerou.
Por fim, Mour�o ainda refor�ou que o epis�dio envolvendo a pris�o de um militar com 39 quilos de coca�na em um avi�o da FAB, na Espanha, n�o arranha em nada a imagem do governo perante a popula��o. "Este epis�dio � lament�vel e fica muito claro que aquela tripula��o n�o tem nada a ver com a tripula��o do presidente da Rep�blica", pontuou.
Por sua vez, o ministro da Justi�a e da Seguran�a P�blica, Sergio Moro, tamb�m participou da cerim�nia, mas preferiu deixar o TRF-4 em sil�ncio, sem atender a imprensa.
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