
A modifica��o do parecer do relator da reforma da Previd�ncia, Samuel Moreira (PSDB-SP), tem dedo do presidente Jair Bolsonaro. O chefe do Executivo federal se engajou pessoalmente na articula��o pol�tica para equiparar as aposentadorias de policiais federais e rodovi�rios federais �s de policiais militares na reforma da Previd�ncia, o que pode fazer com que as duas primeiras categorias se aposentem mais cedo do que vinha sendo previsto (55 anos para homens e mulheres). O presidente da C�rama, Rodrigo Maia, disse, no entanto, que as altera��es n�o devem ser feitas no parecer da refrma.
De S�o Paulo, onde participou na manh� desta quarta-feira da solenidade de passagem do Comando Militar do Sudeste (CMSE), Bolsonaro iniciou uma interlocu��o com os ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, da Economia, Paulo Guedes, e com o secret�rio especial de Previd�ncia e Trabalho, Rog�rio Marinho, para incluir regras de aposentadoria especiais para as categorias das for�as auxiliares de seguran�a p�blica.
As conversas come�aram por telefone e se estenderam no retorno de Bolsonaro a Bras�lia, a ponto de ele ter cancelado a participa��o em evento na Pra�a dos Tr�s Poderes sobre doa��o de materiais e equipamentos de seguran�a p�blica aos estados, por meio da Secretaria Nacional de Seguran�a P�blica (Senasp). O ministro da Justi�a, S�rgio Moro, esteve presente, acompanhado do vice-presidente Hamilton Mour�o.
Al�m de Bolsonaro, Guedes, Onyx e Marinho, a articula��o para a inclus�o de regras mais ben�ficas para as categorias policiais envolveu os l�deres do governo na C�mara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), e no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP). No retorno a Bras�lia, o presidente da Rep�blica determinou que o titular da Casa Civil fosse dialogar diretamente com o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para que se chegasse a um consenso sobre o tema e as modifica��es que ser�o acatadas no parecer final de Moreira.
Sacrif�cio
O governo n�o detalhou o que mudaria em rela��o aos policiais no texto, mas a certeza � de que eles ter�o que ceder em algum “sacrif�cio”. “O presidente sempre destacou a import�ncia do trabalho dos profissionais da �rea de seguran�a e � um defensor do atendimento das necessidades dessa categoria para o bom exerc�cio da profiss�o de risco. As condi��es diferenciadas das categorias est�o sendo estudadas com rigor e negociadas no Parlamento. Mas o presidente refor�a: todo mundo vai dar a sua cota de sacrif�cio”, declarou o porta-voz da Presid�ncia da Rep�blica, Ot�vio R�go Barros.