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Estado de Minas

Confira os principais pontos do novo vazamento sobre Moro em revista

Nesta sexta-feira (5), outros nomes foram acrescentados nas conversas, como o ministro do STF Edson Fachin e o apresentador Faust�o


postado em 05/07/2019 12:27 / atualizado em 05/07/2019 12:52

(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Pres)
(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Pres)

A revista Veja, em parceria com o site The intercept, revelou novas mensagens entre procuradores da Lava-Jato e o ministro da Justi�a, S�rgio Moro, nesta sexta-feira (5/7).

Segundo a revista, para essa reportagem, foram analisadas mais de 649 mil mensagens no Telegram. Por meio de nota, o Minist�rio da Justi�a reitera que n�o reconhece a autenticidade de supostas mensagens "obtidas por meios criminosos e que podem ter sido adulteradas total ou parcialmente".

A pasta tamb�m lamenta que a Veja tenha se recusado a encaminhar a c�pia das mensagens antes da publica��o da mat�ria.  Na nota, publicada no site da pasta, o Minist�rio rebate �s acusa��es sobre Bumlai, Musa, Cunha, e interfer�ncias de Moro nas opera��es.

"O ministro da Justi�a e da Seguran�a Publica sempre foi e ser� um defensor da liberdade de imprensa. Entretanto, repudia-se com veem�ncia a invas�o criminosa dos aparelhos celulares de agentes p�blicos com o objetivo de invalidar condena��es por corrup��o ou para impedir a continuidade das investiga��es", diz o texto.

Desde 9 de junho, o Intercept divulga mensagens do ministro com os procuradores da Lava-Jato feitas pelo Telegram, entregues por uma fonte que n�o teve a identidade revelada.

A veracidade das mensagens � questionada por Moro, que chegou a ir � Comiss�o de Constitui��o, Justi�a e Cidadania a da C�mara dos Deputados responder alguns dos questionamentos a respeito do caso. O jornalista Gleen Greenwald, fundador do The Intercept, tamb�m foi convidado � Casa.  

Ao Correio, um procurador que n�o quis se identificar confirmou a autenticidade dos di�logos. Veja os principais pontos do vazamento desta sexta-feira (5):

Faust�o

As mensagens revelam que o apresentador Fausto Silva, da TV Globo, forneceu uma esp�cie de assessoria de comunica��o a Moro e � for�a-tarefa da Lava-Jato. Faust�o sugeriu que o agora ministro usasse uma "linguagem mais simples, do pov�o" durante as entrevistas ou coletivas.


Segundo a revista, no dia 7 de maio de 2016, Moro comentou a recomenda��o do apresentador do Doming�o do Faust�o com o procurador Deltan Dallagnol pelo Telegram. "Ele disse que voc�s, nas entrevistas ou nas coletivas, precisam usar uma linguagem mais simples. Para todo mundo entender. Para o pov�o. Disse que transmitiria o recado. Conselho de quem est� a (sic) 28 anos na TV. Pensem nisso", relatou Moro ao procurador. O apresentador confirmou a conversa com S�rgio Moro � reportagem.

Eduardo Cunha

 
No dia 5 de julho de 2017, Moro questionou Deltan Dallagnol sobre rumores de uma poss�vel dela��o premiada do ex-presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (MDB-RJ).

Na conversa, o ent�o juiz mostrou-se contr�rio a um poss�vel acordo. "Espero que n�o procedam", escreveu Moro �s 23h11. "S� rumores. N�o procedem", respondeu Dallagnol tr�s minuto depois. "Acompanharemos tudo. Sempre que quiser, vou te colocando a par", finalizou. "Agrade�o se me mantiver informado. Sou contra, como sabe", opinou Moro.


Cunha teria prometido falar sobre sobre Temer e pelo menos mais 50 deputados, senadores e ministros, entre outros pol�ticos. A proposta de dela��o do ex-presidente da C�mara foi rejeitada pela Lava-Jato um m�s depois da conversa entre Dallagnol e Moro no Telegram.

"Aha uhu o Fachin � nosso"

Em 13 de julho de 2015, Dallagnol comenta com os colegas do MPF que conversou 45 minutos com o ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). "Aha uhu o Fachin � nosso", diz Dallagnol aos colegas.

Seis dias antes, a preocupa��o dos procuradores era que, como a proposta de dela��o de Eduardo Cunha atingia pol�ticos com foro privilegiado, a palavra final para assinar um acordo passava para a Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR), e a homologa��o deveria ser assinada pelo Fachin.


"N�o ter pressa"


Em uma conversa de 28 de abril de 2016, Moro avisou Deltan Dallagnol de que havia faltado uma prova na den�ncia de Zwi Skornicki — empres�rio e lobista acusado de intermediar propinas no esquema de corrup��o da Petrobras. A informa��o � dada por Dallagnol � procuradora Laura Tessler, que foi afastada depois por sugest�o do Dallagnol.

Skornicki tornou-se delator da Lava-Jato e confessou que pagou propinas a funcion�rios da estatal, entre eles, Eduardo Musa, tamb�m mencionado por Dallagnol em conversa. "Laura, no caso do Zwi, Moro disse que tem um dep�sito em favor do Musa e se for por lapso que n�o foi inclu�do ele disse que vai receber amanh� e da tempo. S� � bom avisar ele", fala Dallagnol. "Ih, vou ver", responde.

No dia seguinte, segundo a Veja, o Minist�rio P�blico Federal (MPF) incluiu um comprovante de dep�sito de US$ 80 mil feito por Skornicki a Musa.  


Bumlai



Em 17 de dezembro de 2015, Moro cobrou manifesta��o do MPF no pedido que revogava a pris�o preventiva do pecuarista Jo�o Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.


"Preciso manifesta��o MPF no pedido de revoga��o da preventiva do bmlai ate amanh� meio dia", sugere Moro. "Ok, ser� feito" responde Dallagnol. "Seguem algumas decis�es boas para mencionar quando precisar prender algu�m... pena que parece que quem emitiu a decis�o anda meio estranho", completa.   


"N�o ter pressa"



Em uma conversa em 23 de outubro de 2015, o procurador Athayde Costa pergunta em um dos grupos da for�a-tarefa quem sabe onde est� um documento apreendido com Fl�vio Barra — executivo da Andrade Gutierrez preso pela Lava-Jato. Uma pessoa ainda n�o identificada responde que se esqueceu de incluir o documento no processo eletr�nico pois Moro o havia orientado a "n�o ter pressa".


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