
O vice-presidente Hamilton Mour�o defendeu na manh� desta segunda-feira, 15, que o Pa�s fa�a uma reforma pol�tica ap�s concluir a da Previd�ncia.
"Temos de buscar uma reforma desse sistema pol�tico, de modo que a gente diminua a fragmenta��o e que os partidos realmente representem a sociedade brasileira e n�o virem uma sopa de letras como s�o no atual momento", disse Mour�o, que � filiado ao PRTB, partido dirigido por Levy Fidelix.
Em encontro com correspondentes estrangeiros no Rio de Janeiro, o vice-presidente tamb�m afirmou que a reforma da Previd�ncia, cuja vota��o ficou para o segundo semestre ap�s ser aprovada em primeiro turno na C�mara, n�o � a solu��o para todos os males. Ressaltou, por�m, que � a primeira medida a ser adotada para o Pa�s se recuperar da crise.
"O Pa�s est� dentro de uma garrafa e tem um gargalo para ele sair dessa garrafa, que � a reforma da Previd�ncia." Depois, segundo ele, seria poss�vel "abrir o campo, de modo que outras reformas e medidas sejam tomadas para que o Pa�s entre num novo ritmo de crescimento sustent�vel. Essa � a palavra-chave."
Nesse contexto, Mour�o defendeu as privatiza��es e, citando o ministro da Economia, Paulo Guedes, falou que o Estado brasileiro far� um "enxugamento brando" no funcionalismo. "� medida que as pessoas forem se aposentando, n�o ser�o mais substitu�das."
Outro ponto econ�mico abordado pelo general foi a carga tribut�ria brasileira. Para Mour�o, que a considera alta, o sistema precisa ser reequilibrado, com a possibilidade de diminui��o da carga num segundo momento. "Inclusive tributando aqueles que n�o s�o tributados hoje. Basta olhar esses servi�os a� que s�o prestados: Uber, Netflix essa turma n�o paga imposto. Temos de ver uma forma desse pessoal pagar imposto."
Venezuela
Ao analisar a conjuntura do continente, o vice-presidente citou o impasse pol�tico venezuelano e disse que n�o v� no curto prazo um desfecho para a crise. Com discurso conciliador - no in�cio de sua fala, defendeu a cren�a na "democracia liberal" -, Mour�o disse que a solu��o para o Pa�s vizinho passaria por uma concerta��o que levasse a novas elei��es.
Ele alegou, por�m, que h� grande interfer�ncia estrangeira na Venezuela, mencionando a R�ssia e a China, al�m dos cubanos. "Principalmente a R�ssia, uma vez que � uma grande fornecedora de armas para o regime venezuelano. Temos a quest�o da presen�a maci�a de cubanos, que controlam aquilo que s�o as mil�cias bolivarianas e ao mesmo tempo o servi�o de intelig�ncia l� dentro."