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Estado de Minas

Sabatina de Eduardo Bolsonaro ser� normal, afirma Alcolumbre em caso de indica��o

Presidente do Senado diz que ainda n�o foi procurado pelo Planalto sobre nomea��o do deputado para embaixada em Washington


postado em 17/07/2019 06:00 / atualizado em 17/07/2019 08:16

"Todos s�o iguais. Bolsonaro tem o poder de indicar. N�s, de sabatinar. Todo mundo passa por sabatina, seja quem for. Pode ser Eduardo, Maria ou Jos�, ser� sabatinado igual", Davi Alcolumbre, presidente do Senado (foto: MARCOS BRAND�O/SENADO)
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou que se o senador Eduardo Bolsonaro for indicado pelo pai, o presidente Jair Bolsonaro, para a embaixada brasileira nos EUA, ele ser� sabatinado normalmente pela Comiss�o de Rela��es Exteriores do Senado, onde precisa de maioria simples (10 dos 19 votos). Se aprovado na comiss�o, o nome vai a voto secreto no plen�rio da Casa, onde tamb�m precisa de maioria simples (41 dos 81 votos). Alcolumbre evitou fazer previs�es e afirmou que “no dia saberemos” se o nome do deputado ser� aprovado. “Todos s�o iguais. Bolsonaro tem o poder de indicar. N�s, de sabatinar. Todo mundo passa por sabatina, seja quem for. Pode ser Eduardo, Maria ou Jos�: ser� sabatinado igual”. O parlamentar voltou a afirmar que o presidente tem o poder de fazer a indica��o, se assim “for o seu desejo”. “O que h�, at� agora, s�o condicionantes: se indicar, poss�vel indica��o. Se acontecer, teremos um caso concreto. Agora, ningu�m me procurou, nem o presidente nem ningu�m do Planalto”.

J� o l�der do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), afirmou ser favor�vel � indica��o de Eduardo Bolsonaro. Ele disse estar trabalhando para que o nome seja aprovado pelo Senado. “Estamos cuidando para que, se essa indica��o for feita, ela ser aprovada pelo Senado. O governo tem maioria na comiss�o e no plen�rio para aprovar o nome do Eduardo”, disse. O senador contou ainda que conversou com Bolsonaro, que “est� inclinado” a oficializar a indica��o.

Jair Bolsonaro voltou a defender ontem a indica��o do filho. Durante a posse do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, Bolsonaro afirmou que, “se Deus quiser”, Eduardo vai ser embaixadorna maior pot�ncia do mundo”. Bolsonaro falou sobre os filhos ao citar a rela��o de amizade que t�m com Gustavo Montezano desde a juventude, pois moraram no mesmo condom�nio no Rio de Janeiro. O presidente disse que todos “daquela garotada” “lutaram muito”, citando que “muitos fritaram hamb�rguer”.

“Vejo que, daquela garotada do condom�nio temos um presidente do BNDES. Temos um senador da Rep�blica (Fl�vio Bolsonaro), que, por ser meu filho, tem seus problemas potencializados. E teremos, se Deus quiser, um embaixador na maior pot�ncia do mundo”, disse o presidente. “At� porque um pai, mesmo sendo deputado na �poca, n�o tinha como bancar o aperfei�oamento dele nos Estados Unidos e ele (Eduardo) tinha que trabalhar”, continuou Bolsonaro.

O presidente voltou a dizer que a indica��o n�o configura nepotismo e disse que h� uma s�mula do Supremo Tribunal Federal (STF) neste sentido. “Gra�as a Deus, como capit�o do Ex�rcito, tive como lhe dar uma boa educa��o e a prova est� a�. Tentar desqualific�-lo por fritar hamb�rguer... eu frito hamb�rguer melhor que ele, talvez por isso que eu seja presidente”, disse. Bolsonaro afirmou ainda que o filho foi “fritar hamb�rguer” nos Estados Unidos para praticar o ingl�s.

Ap�s a sinaliza��o de que poderia virar embaixador, Eduardo citou que, al�m de ser presidente da Comiss�o de Rela��es Exteriores na C�mara, tem “viv�ncia pelo mundo”. “J� fiz interc�mbio, j� fritei hamb�rguer l� nos Estados Unidos, no frio do Maine”, declarou Eduardo. Jair Bolsonaro disse ainda que Eduardo j� tem vontade de morar nos EUAh� muito tempo”, mas que pediu para que ele ficasse no Brasil. Tamb�m comentou que o deputado “est� tendo a chance de voltar” para os EUA, embora a indica��o para assumir a embaixada n�o tenha sido formalizada.

“Meu filho s� ficou no Brasil... J� era para estar nos EUA h� muito tempo, por um apelo meu l� atr�s, passou no concurso da Pol�cia Federal e decidiu ficar aqui. Agora est� tendo uma chance de voltar, n�o por ele, mas dado o que temos com o presidente americano e dada a sua bagagem cultural que tem l� de tr�s”, defendeu.

Bolsonaro ironizou quem critica a indica��o do filho para os EUA: “Voc�s queriam que eu indicasse o meu filho para a Venezuela, Cuba, Coreia do Norte?”. De acordo com ele, faltam algumas quest�es t�cnicas para que a indica��o seja formalizada. “Tem um caminho grande pela frente. H� um termo t�cnico com os Estados Unidos para ver se eles t�m algo contra, tem que falar com o Parlamento”, afirmou.

O presidente disse tamb�m que n�o haver� desgaste com o Senado e que j� conversou sobre o tema com o presidente da Casa, Davi Alcolumbre. 

 “O Senado vai sabatin�-lo e vai decidir. Ponto final. Se aprovado, vai. Se n�o for aprovado, ele fica na C�mara. (...) L�gico que se corre um risco”, disse o presidente. Bolsonaro ressaltou ainda que o deputado tem experi�ncia com palestras realizadas em outros pa�ses, nas quais teria tido que falar em outros idiomas, e com a presid�ncia da Comiss�o de Rela��es Exteriores da C�mara. “� uma pessoa que est� muito qualificada, o que � importante”, disse.

Bolsonaro repetiu que, se o filho de outro presidente fosse embaixador no Brasil, teria um tratamento diferenciado, recebendo mais aten��o dele pr�prio. “Se eu fosse um mau car�ter, indicaria ele para um minist�rio desses que voc�s sabem que tem dezenas de milh�es de or�amento. A inten��o n�o � essa, � nos aproximarmos do pa�s que tem a economia mais pr�spera do mundo para que possamos juntos andar de m�os dadas”, disse. Para Bolsonaro, seu filho perder� muito mais ao deixar o cargo de deputado para virar embaixador. “Mas toda a popula��o vai ganhar”, ponderou.


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