
Santa F� – O ministro da Economia, Paulo Guedes, elogiou a possibilidade de que o Senado crie uma proposta de emenda � Constitui��o (PEC) separada para incluir estados e munic�pios na legisla��o da nova Previd�ncia. A reinclus�o dos entes federados nas novas regras das aposentadorias ajudaria o pa�s. Em entrevista a jornalistas em Santa F�, Argentina, onde ocorre a reuni�o de c�pula do Mercosul, ele elogiou a ideia de reinserir as prefeituras e os governos estaduais na reforma por meio de uma proposta de emenda � Constitui��o (PEC) paralela.
Reafirmando que a inclus�o dos servidores p�blicos estaduais e municipais resultaria numa economia adicional de R$ 350 bilh�es, Guedes n�o quis comentar mais detalhes sobre o texto aprovado em primeiro turno pela C�mara dos Deputados. Ele, no entanto, se disse confiante nos esfor�os do Congresso, tanto para aprovar a reforma da Previd�ncia como para reincluir os governos locais.
“Vamos esperar o trabalho do Congresso porque eu confio no Congresso. Ainda tem segundo turno (na C�mara), tem Senado. Est� se falando que Senado vai incluir estados e munic�pios. S�o mais R$ 350 bilh�es. Isso � importante para o Brasil, ajuda bastante. Ent�o tem muita coisa para acontecer”, declarou o ministro, na primeira manifesta��o p�blica ap�s a vota��o na C�mara.
O ministro esclareceu que a economia total para o governo federal nos pr�ximos 10 anos, estimada em R$ 900 bilh�es, ficou inferior � estimativa inicial de R$ 1 trilh�o pedida pela equipe econ�mica. No entanto, disse ficar contente se os estados e os munic�pios voltarem para a reforma. “N�s estamos falando do Brasil, n�o � s� da Uni�o. Se voltam R$ 350 bilh�es via Senado, isso � bom para o Brasil, porque estados e munic�pios tamb�m participam desse ajuste que o sistema previdenci�rio precisa”, acrescentou.
Capitaliza��o
O ministro n�o quis comentar a inten��o do presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de encaminhar uma nova PEC ao longo do segundo semestre para reinserir a capitaliza��o, sistema em que cada trabalhador tem uma conta individual de previd�ncia. Ele, no entanto, defendeu a proposta, dizendo que ela ajudar� o pa�s a retomar o crescimento.
“Essas reformas s�o importantes. Em rela��o � Previd�ncia, o que temos dito � que o sistema de reparti��o (em que os trabalhadores na ativa financiam as atuais aposentadorias) est� condenado. Ent�o, gostar�amos de mudar o eixo para um sistema de capitaliza��o, que bota o Brasil pra crescer. O Brasil pode crescer 4%, 5% ao ano se tiver um mecanismo autom�tico de acumula��o de recursos”, declarou.
"Quimioterapia"
J� o presidente Jair Bolsonaro voltou a se referir ao tratamento usado em casos de c�ncer para falar sobre ajustes que t�m de ser feitos na economia brasileira. Durante a C�pula dos Chefes de Estado do Mercosul, na cidade de Santa F�, na Argentina, ele afirmou que a reforma da Previd�ncia � uma “quimioterapia” necess�ria para o pa�s. Complementou que interessa aos pa�ses da Am�rica do Sul e do Mercosul que a economia brasileira esteja bem, e, reiterou, a reforma � necess�ria para isso.
“Sabemos que para a Am�rica do Sul como um todo � bom que o Brasil v� bem. Assim como � bom para n�s tamb�m que outros pa�ses estejam bem”, disse, completando: “Apesar de a reforma ser quase como uma quimioterapia, � necess�ria para o corpo sobreviver”. Na segunda-feira, durante evento na C�mara dos Deputados, Bolsonaro j� havia dito que o Brasil precisa de uma quimioterapia.