
Novas mensagens do Telegram obtidas pelo site The Intercept e divulgadas nesta quinta-feira (18) pelo jornal Folha de S. Paulo indicam que o ministro da Justi�a S�rgio Moro teria interferido em dela��es premiadas de executivos da construtora Camargo Corr�a, em 2015, quando era juiz da Opera��o Lava-Jato. De acordo com o conte�do, a interfer�ncia chegou a causar inc�modo entre os integrantes da for�a tarefa.
A refer�ncia � orienta��o de Moro � feita pelo procurador Deltan Dallagnol em mensagem no dia 25 de fevereiro de 2015, quando ele responde ao procurador Carlos Fernando. Ele pergunta ao colega se ele quer fazer os acordos da Camargo com a ‘pena’ de S�rgio Moro discordar e recomenda o contr�rio. “Acho perigoso pro relacionamento fazer sem ir FALAR com ele, o que n�o significa que seguiremos. Podemos at� fazer fora do que ele colocou (quer que todos tenham pena de pris�o de um ano), mas tem que falar com ele sob pena de ele dizer que ignoramos o que ele disse”.
No dia anterior, Carlos Fernando havia dito a Deltan que o procedimento de dela��o “virou um caos” e que, se ele e Janu�rio s�o encarregados dos acordos, somente eles deveriam tratar dos acordos. “Voc� � o Promotor natural e pode discordar, e eu sempre ou�o todos, mas o que vejo agora � um tipo de barganha onde se quer jogar para a plat�ia, dobrar demasiado o colaborador, submeter o advogado, sem realmente ir em frente”, escreve Carlos.
O procurador Carlos Fernando diz ainda n�o saber fazer dela��o “como se fosse um turco” e pede mais liberdade para trabalhar.
A Folha informa que o material foi analisado e que n�o h� ind�cio de que o conte�do tenha sido adulterado.
Em nota ao jornal, o ministro S�rgio Moro negou qualquer interfer�ncia sobre as dela��es e afirmou que, cabe ao juiz somente homologar ou n�o os acordos. Mais uma vez ele diz desconhecer a autenticidade das mensagens. A for�a-tarefa da Lava-Jato tamb�m disse n�o reconhecer as mensagens. A Camargo Corr�a n�o quis se pronunciar.
Na manh� desta quinta-feira, o atual ministro da Justi�a foi ao Twitter para dizer que n�o reconhece a autenticidade dos novos di�logos e tamb�m para se defender.