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Estado de Minas

Justi�a decide se suspeitos de hackers do celular de Moro continuam presos

A audi�ncia come�ar� �s 10h e, ap�s o interrogat�rio, o magistrado decidir� se liberta os hackers ou converte as quatro pris�es tempor�rias, que expiram nesta quarta-feira (31), em preventivas


postado em 30/07/2019 07:56 / atualizado em 30/07/2019 08:16

Juiz Vallisney Oliveira analisa hoje se transforma detenção em preventiva (foto: TRF/TV)
Juiz Vallisney Oliveira analisa hoje se transforma deten��o em preventiva (foto: TRF/TV)

Na manh� desta ter�a-feira (30), o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Bras�lia, vai ouvir as quatro pessoas detidas, na semana passada, suspeitas de invadirem os celulares de centenas de autoridades brasileiras, entre eles o ex-juiz e ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica, S�rgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da for�a-tarefa da Opera��o Lava-Jato.

A audi�ncia come�ar� �s 10h e, ap�s o interrogat�rio, o magistrado decidir� se liberta os hackers ou converte as quatro pris�es tempor�rias, que expiram nesta quarta-feira (31/7), em preventivas.

Presos temporariamente pela Opera��o Spoofing desde a �ltima ter�a-feira, Walter Delgatti Neto, l�der do grupo, Danilo Cristiano Marques, Gustavo Henrique Elias Santos e Suelen Priscila de Oliveira s�o apontados pela invas�o de mensagens atribu�das ao ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica, S�rgio Moro, e ao procurador Deltan Dallagnol, coordenador da for�a-tarefa da Lava-Jato no Paran�, que teriam sido feitas durante as investiga��es da opera��o.

Na sexta-feira passada, o pr�prio juiz Vallisney de Souza havia prorrogado o per�odo de deten��o dos hackers em cinco dias, por entender que “pelos respectivos interrogat�rios, observa-se que os investigados deram diversas informa��es sobre os fatos em apura��o, havendo ainda necessidade da continuidade das investiga��es para se almejar, conforme se conclui da representa��o policial e dos documentos juntados: o completo cen�rio e a profundidade das invas�es praticadas”. Na decis�o, o magistrado deu a entender que a liberdade de Delgatti Neto, Danilo Cristiano, Gustavo Henrique e Suelen Priscila representaria um perigo �s investiga��es da Pol�cia Federal (PF).

Al�m de Moro e Dallagnol, o grupo teria tido acesso aos conte�dos de celulares dos presidentes da Rep�blica, Jair Bolsonaro; da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ); do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP); e do Superior Tribunal de Justi�a (STJ), Jo�o Ot�vio de Noronha; al�m do aparelho da procuradora-geral da Rep�blica, Raquel Dodge. Segundo a PF, a lista de hackeados pode chegar a mil nomes, incluindo ju�zes e delegados federais, procuradores e jornalistas.

Em depoimento � PF ainda na �ltima semana, Delgatti Neto confessou a autoria das invas�es e que repassou os di�logos de Moro e Dallagnol ao jornalista Glenn Greenwald, fundador do The Intercept Brasil, por meio da ex-deputada Manuela D’�villa (PCdoB), candidata a vice-presidente da Rep�blica na chapa do petista Fernando Haddad em 2018.

Com um hist�rico criminal extenso, o hacker responde a no m�nimo 20 acusa��es de institui��es policiais e da Justi�a. Na maioria delas, � suspeito de estelionato.

Falsifica��o

Do ingl�s “to spoof”, spoofing significa falsificar ou forjar. No mundo da tecnologia, um ataque de spoofing acontece quando um hacker falsifica informa��es e credenciais, seja para facilitar o acesso a um sistema, seja para ganhar a confian�a de uma v�tima na tentativa de extrair dela informa��es confidenciais.

Investiga��o continua

Uma semana antes da pris�o tempor�ria dos quatro envolvidos na invas�o dos celulares, o Minist�rio P�blico Federal (MPF) j� havia concordado com um pedido da PF para que as investiga��es fossem prorrogadas em tr�s meses. A solicita��o n�o precisou de autoriza��o judicial por ter ocorrido antes de a Opera��o Spoofing ser deflagrada. Se condenado, o grupo deve responder por associa��o criminosa, invas�o de dispositivo inform�tico e viola��o de comunica��o telef�nica. A pena para os tr�s crimes pode chegar a nove anos de pris�o.

Com mais 90 dias para apurar as condutas dos hackers, os investigadores querem encontrar outros suspeitos de terem participado dos crimes. A PF suspeita que, al�m das quatro que j� est�o detidas, seis pessoas se envolveram nos ataques. Em nota oficial, os advogados de Delgatti at� confirmaram que “o conjunto das informa��es (obtidas pelo grupo de hackers) est� devidamente resguardado por fi�is deposit�rios, nacionais e internacionais”.

Nesta segunda-feira (31, Bolsonaro declarou que Glenn Greenwald tamb�m deveria ser investigado. Segundo ele, “invas�o de telefone � crime e ponto final”. “N�o tem o que discutir isso da�. Jornalista tem que fazer seu trabalho. Preservar o sigilo da fonte, tudo bem. Agora, uma origem criminosa, o cara quer preservar um crime, invadindo a Rep�blica”, reclamou.Continua depois da publicidade

Para o presidente, “em qualquer outro pa�s, ele (Glenn) estaria j� em uma outra situa��o”. “No meu entender, isso teve transa��es, transa��es pecuni�rias e, pelo que tudo indica, a inten��o � sempre atingir a Lava-Jato, o S�rgio Moro, a minha pessoa”, disse.

Pelas redes sociais, Glenn se defendeu das acusa��es ao postar trechos da Constitui��o que garantem direitos � atividade jornal�stica. “O presidente do Brasil, aparentemente com poucos problemas nacionais para resolver e pouco para fazer, deu uma entrevista esta manh� (nesta segunda-feira — 29/7) novamente me atacando e sugerindo que eu era culpado de crimes. Eu n�o acho que ele entenda a Constitui��o ou que ele n�o � um juiz ou ditador”, escreveu o jornalista, em ingl�s.


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