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Estado de Minas

Pimentel presta depoimento em a��o sobre caixa 2 e disse aguardar decis�o da Justi�a

Ex-governador de Minas � acusado de ter usado dinheiro de propina na campanha para o Pal�cio Tiradentes, em 2014


postado em 30/07/2019 16:59 / atualizado em 30/07/2019 18:26


Em audi�ncia do processo que apura a pr�tica de caixa 2 na campanha de Fernando Pimentel (PT) ao governo de Minas, em 2014, o petista e o empres�rio Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Ben�, foram ouvidos pela ju�za Luzia Peix�to, na tarde desta ter�a-feira, em Belo Horizonte. Al�m do crime eleitoral, a a��o envolve lavagem de dinheiro, falsidade ideol�gica e tr�fico de influ�ncia. A audi�ncia foi reservada, e os dois principais envolvidos no esquema n�o deram entrevistas � imprensa. 

Durante o depoimento, que durou cerca de 25 minutos, Pimentel negou as acusa��es. Ao deixar o F�rum Laffayete – que cedeu espa�o � Justi�a Eleitoral para a audi�ncia –, Fernando Pimentel disse apenas que tudo o que tinha para falar j� est� no processo e que agora aguarda a decis�o da Justi�a.

Ben� adotou discurso semelhante e comentou que confirmou perante a Justi�a tudo que j� havia informado � Pol�cia Federal na fase de inqu�rito. O processo tramitava no Superior Tribunal de Justi�a (STJ), mas com o fim do mandato de governador, o caso foi remetido para a primeira inst�ncia da Justi�a, em BH, em mar�o deste ano. 

O ex-governador Fernando Pimentel � acusado pelo Minist�rio P�blico Eleitoral de ter omitido receitas e despesas na presta��o de contas da campanha ao Pal�cio Tiradentes. O dinheiro n�o contabilizado teria vindo de um esquema de emiss�o de notas fiscais falsas para lavar dinheiro de propina, do per�odo em que Pimentel era ministro da Ind�stria e Com�rcio Exterior, ainda durante a gest�o de Dilma Rousseff (PT). Segundo a den�ncia, o dinheiro foi repassado ao PT de Minas e distribu�do � campanha eleitoral. 

Ben� � o dono de uma gr�fica usada pelo ex-governador durante a campanha eleitoral e, segundo o MP,  recebeu “vantagens indevidas”. O empres�rio foi preso preventivamente em 2016 por pr�tica de crimes de corrup��o e lavagem de dinheiro e tornou-se o principal delator do esquema. Em dela��o premiada, Ben� contou que o petista recebeu R$ 5 milh�es em propina do grupo JHSF, respons�vel pelo aeroporto Catarina, em S�o Roque, na Regi�o Metropolitana de S�o Paulo. Pimentel teria atuado para o grupo operar no terminal. 

O cientista pol�tico Marcos Coimbra, diretor do Instituto Vox Populi, tamb�m prestou depoimento � Justi�a. Para o MP, o instituto de pesquisa teria recebido recursos de caixa dois da campanha de Pimentel. Antes da audi�ncia, ele falou rapidamente com a imprensa e limitou-se a dizer que tudo seria dito no “lugar adequado”. “S� vou responder o que for perguntado”, afirmou. 

Rigor 

De acordo com o promotor Ivan Eleut�rio, o objetivo da audi�ncia realizada na tarde desta ter�a-feira foi ouvir a vers�o dos r�us, etapa que antecede a fase de alega��es finais e senten�a. Tamb�m seria ouvida uma testemunha de defesa, que n�o compareceu ao F�rum Lafayette. Questionado sobre o prazo para uma decis�o, o promotor disse que vai depender da marca��o de novas audi�ncias.

“O prazo vai depender primeiro da exist�ncia ou n�o de novas diliga�ncias. Como s�o v�rios acusados e v�rios r�us, o prazo � sucessivo, os advogados t�m que ser intimados e se manifestar, primeiro a acusa��o e depois a defesa de cada um dos acusados, e depois vai para senten�a”, explicou. O promotor disse ainda acreditar na condena��o dos r�us, incluindo Pimentel. “Pelo que existe no bojo dos autos, penso que a proced�ncia da den�ncia � de rigor e deve ocorrer (a condena��o)”. 

No ambito eleitoral, a pena aplicada aos envolvidos pode ser convertida em presta��o de servi�os, ressarcimento dos valores e aplica��o de multas. O processo � um dos desdobramentos da opera��o Acr�nimo. 

Em nota, o grupo JHSF disse n�o ser parte do processo. "Em 2017, o controlador da empresa celebrou um acordo de colabora��o com as autoridades brasileiras, j� homologado pelo Superior Tribunal de Justi�a, para esclarecimento dos fatos".

O aeroporto Catarina ainda n�o foi inaugurado e ser� voltado para avia��o executiva internacional, com controle de tr�fego a�reo pr�prio e capacidade para operar por instrumentos.


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