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Estado de Minas

Casal � investigado por aplicar golpe usando nomes de Bolsonaro e Damares em Concei��o do Mato Dentro

Paulo Quilombola e Narha Oliveira recolheram dinheiro da popula��o prometendo constru��o de moradias


postado em 13/08/2019 13:44 / atualizado em 14/08/2019 10:42

Jair Bolsonaro e Paulo Quilombola ficaram próximos durante a campanha presidencial de 2018(foto: Reprodução/Facebook)
Jair Bolsonaro e Paulo Quilombola ficaram pr�ximos durante a campanha presidencial de 2018 (foto: Reprodu��o/Facebook)
L�der da Federa��o das Comunidades Quilombolas e Comunidades Tradicionais do Par�, Paulo Oliveira, conhecido como Paulo “Quilombola”, e sua esposa Leocionara Silva dos Santos, identificada por Narha Oliveira Munduruku, est�o sendo investigados pelas Pol�cias Federal e Civil de Minas Gerais. O casal � acusado de utilizar os nomes do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL), e da ministra da mulher, da fam�lia e dos direitos humanos, Damares Alves, para recolher dinheiro ilegalmente de moradores de Concei��o do Mato Dentro, na Regi�o Central do estado, com a promessa de constru��o de novas casas pouplares. A informa��o foi divulgada pelo O Globo e confirmada pelo Estado de Minas.

As corpora��es foram acionadas pelo vereador Sidinei Seabra da Silva (PCdoB), vice-presidente da C�mara Municipal de Concei��o do Mato Dentro e oriundo da comunidade quilombola das Tr�s Barras, e por integrantes do Executivo. O parlamentar explicou como o casal chegou at� o munic�pio com todas as ideias arquitetadas.

“Eles (Paulo e Nahrer) entraram em contato com a gente pois 22 casas do ‘Minha Casa, Minha Vida’ come�aram a ser constru�das em 2014 e pararam, depois que a empresa foi pega em uma opera��o. Est�vamos na luta para que isso terminasse este ano, mas o Paulo entrou em contato e disse que o 'EcoCasa Sustent�vel' seria o novo projeto do Governo e que era para dar seguimento com isso na cidade. Em 14 de junho, ele me disse que a Nahra trabalhava no Governo e faria o cadastro presencialmente. A� ela chegou, falou que trabalhava tamb�m com a ministra Damares, que teria de dar retorno ao presidente Bolsonaro, apresentou o projeto e trouxe documentos mostrando que a cidade seria contemplada com 350 casas e 300 cart�es-reforma. Apresentou isso tamb�m para outras autoridades. Ela dizia que o governo arcaria com uma parte e que o benefici�rio teria que dar R$ 180, dizendo que o governo n�o queria que nada fosse de gra�a. No total, s� ela saiu com R$ 14.540”, disse Sidinei, ao Estado de Minas.

Durante a campanha para as elei��es presidenciais de 2018, o ent�o candidato Jair Bolsonaro se utilizou da figura de Paulo Quilombola para tentar demonstrar que n�o tinha preconceito contra afrodescendentes. O contato entre o atual presidente e o l�der da Federa��o se intensificou depois que a Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) denunciou o presidenci�vel por racismo. Na �poca, em um evento, ele disse: “Eu fui em um quilombo em Eldorado Paulista. Olha, o afrodescendente mais leve l� pesava sete arrobas”. Depois, o ent�o deputado federal afirmou que aquelas pessoas “n�o fazem nada” e “nem para procriador eles servem mais”.

Passados alguns dias da visita de Nahra a Concei��o do Mato Dentro, a popula��o suspeitou e exerceu press�o sobre as autoridades exigindo um retorno. Sidinei tentou retorno com o casal, mas n�o conseguiu. O parlamentar disse que as pessoas s� comprovaram o golpe depois de contato com um pastor da cidade, que tinha contato com Damares.

“Um conhecido da cidade era pastor e ministrava na igreja da Damares. Ele conseguiu contato com a ministra, e a assessoria confirmou que era mentira. A� fomos no ch�o, mas logo fizemos boletim de ocorr�ncia, pedimos inqu�rito, e a pr�pria secretaria da ministra entrou com inqu�rito tamb�m em via federal. Os dois n�o me respondem mais. Eles chegaram a ser localizados, est�o em morando em Goi�s ao que parece, mas a pol�cia segue investigando. Esperamos que a justi�a seja feita”.

O casal foi procurado pela reportagem, mas n�o foi encontrado. A Federa��o Das Comunidades Quilombolas Do Estado Do Par� tamb�m n�o atendeu �s liga��es.

Segundo a assessoria de imprensa da Pol�cia Civil de Minas Gerais, o inqu�rito para apurar as den�ncias foi instaurado em 26 de junho deste ano, quando foi registrada a primeira ocorr�ncia. De acordo com a corpora��o, na data 52 pessoas estiveram na delegacia para informar que foram v�timas de estelionato. A PC informa ainda que est� trabalhando para solucionar o caso.



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