A ex-presidente da Petrobras Gra�a Foster contratou o escrit�rio Klein Advogados para fazer sua defesa na Opera��o Lava-Jato. Paulo M�rcio Ennes Klein, titular da banca, � advogado de um outro personagem emblem�tico, o ex-policial militar e ex-assessor parlamentar de Fl�vio Bolsonaro, na �poca em que o filho do presidente exercia mandato de deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio.
Nesta sexta-feira, 30, a revista Veja informou que Fabr�cio Queiroz est� internado no Hospital Albert Einstein para tratamento contra um c�ncer no intestino.
Gra�a Foster, que presidiu a Petrobras entre fevereiro de 2012 e fevereiro de 2015, durante o mandato da ex-presidente Dilma, � investigada na Opera��o Pentiti, fase 64 da Lava-Jato, deflagrada na �ltima sexta-feira, 23.
A Opera��o Pentiti investiga supostos crimes de corrup��o envolvendo o Banco BTG Pactual e a Petrobras na explora��o do pr�-sal e "em projeto de desinvestimento de ativos" na �frica.
Revela��es dos delatores Ant�nio Palocci, ex-ministro de Lula e Dilma, e do empres�rio Marcelo Odebrecht indicam que a ex-presidente da Petrobras tinha conhecimento da corrup��o instalada na petrol�fera, mas n�o adotou "medidas efetivas" para investigar ou impedir a continuidade do funcionamento do esquema bilion�rio que favoreceu cartel das gigantes da constru��o e pol�ticos que lotearam diretorias estrat�gicas na empresa.
Nesta quinta-feira, 29, Gra�a protocolou peti��o na Superintend�ncia Regional da Pol�cia Federal no Paran� em que comunica que constituiu o Klein Advogados para sua defesa e pede acesso � �ntegra do inqu�rito da Pentiti.
Ela se colocou "� disposi��o" da PF para prestar seus esclarecimentos "no dia e hora a serem aprazados, seja nesta ou em qualquer outra investiga��o porventura existente, sempre com vistas a poder contribuir na elucida��o dos fatos".
Paulo Klein defende Fabr�cio Queiroz no inqu�rito do Minist�rio P�blico do Rio que re�ne dados compartilhados da Unidade de Intelig�ncia Financeira, ex-Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).
Relat�rio do Coaf, revelado em dezembro de 2018, apontou movimenta��o at�pica de R$ 1,2 milh�o na conta de Queiroz. Em abril de 2019, a Justi�a do Rio determinou a quebra do sigilo fiscal e banc�rio do amigo dos Bolsonaro e de outras 84 pessoas e 9 empresas, no per�odo entre 2007 e 2018.
Os promotores sustentam que h� ind�cios robustos de que uma organiza��o criminosa comandada por Fl�vio Bolsonaro e operada por Queiroz desviou recursos p�blicos por meio da devolu��o parcial de sal�rio pelos assessores, pr�tica conhecida como "rachadinha", e lavou dinheiro por meio de transa��es imobili�rias com valores de compra e venda fraudados.
Queiroz nega a pr�tica de il�citos.
Em defesa do banqueiro Andr� Esteves, a advogada S�nia Cochrane R�o declarou, no dia da deflagra��o da Opera��o Pentiti, que fez buscas em endere�os do executivo. "Inexplic�vel e verdadeiramente assustadora a nova medida de for�a adotada sem qualquer motivo, baseada na desacreditada dela��o de Ant�nio Palocci, contra uma institui��o financeira e um cidad�o recentemente v�tima de violento erro judici�rio reconhecido por todas as inst�ncias judiciais."