O PSB suspendeu por um ano as prerrogativas parlamentares de nove deputados que votaram a favor da reforma da Previd�ncia na C�mara e, assim, desrespeitaram a decis�o do partido que fechou quest�o contra a proposta. Eles perder�o as cadeiras que ocupam nas comiss�es tem�ticas da Casa, n�o poder�o ser designados pelo partido para relatorias de projetos e ficam proibidos de encaminhar as vota��es de propostas no plen�rio da Casa.
A decis�o foi tomada pelo diret�rio nacional do PSB na tarde desta sexta-feira, 30, com 84 votos a favor, 7 contra e apenas uma absten��o. Foram punidos: Emidinho Madeira (MG), Felipe Carreras (PE), Felipe Rigoni (ES), Jefferson Campos (SP), Liziane Bayer (RS), Rodrigo Agostinho (SP), Rodrigo Coelho (SC), Rosana Valle (SP) e Ted Conti (ES).
Mais cedo, a legenda decidiu pela expuls�o do deputado �tila Lira (PI). Ele foi julgado individualmente porque � considerado reincidente, por ter votado a favor da reforma trabalhista no ano passado, ainda durante o governo do ex-presidente Michel Temer. Na �poca, o PSB tamb�m fechou quest�o contra a proposta.
O deputado Luiz Flavio Gomes (SP) chegou a votar a favor da reforma da Previd�ncia no primeiro turno de vota��o na C�mara, mas, no segundo, ele recuou e votou contra. Por isso, Gomes n�o foi julgado.
Apesar da puni��o ter prazo de 12 meses, o relator do caso, Domingos Leonelli Netto, integrante do diret�rio nacional, definiu que haja uma reavalia��o da conduta dos parlamentares ap�s seis meses. Se ficar claro que est�o cumprindo corretamente as orienta��es do partido, eles podem ter a puni��o cancelada.
"Penso que � razo�vel que o partido lhes d� a oportunidade de se ajustar �s diretrizes da dire��o partid�ria em rela��o aos projetos. Em seis meses essa penalidade poder� ser suspensa. Assim, saberemos quem deseja se ajustar ou quem deseja no futuro sair", afirmou o presidente da sigla, Carlos Siqueira.
Ele tamb�m esclareceu que os deputados continuar�o exercendo seus mandatos e dever�o seguir as orienta��es partid�rias nas vota��es no plen�rio da C�mara.
"A vida social exige regras. Ningu�m entra obrigado no partido. Isso seria uma balb�rdia partid�ria, uma anarquia. Isso aqui n�o � a casa da m�e Joana. O partido tem obriga��o, se quiser se dar ao respeito, de exigir o cumprimento das regras partid�rias", afirmou.
Na discuss�o sobre o caso de Felipe Rigoni (ES), Siqueira afirmou que um dos argumentos da defesa do parlamentar, de que ele teria autonomia por ser do movimento Acredito, n�o procede. "A alega��o dos integrantes do movimento Acredito de que teriam liberdade para tomarem suas posi��es n�o � verdadeira. Eu n�o aceitei essa condi��o. Diferentemente do que ele diz, pedi para excluir o par�grafo referente ao que ele se refere. Se entrou no PSB, tem que seguir as regras do partido", disse.
Em rela��o ao deputado Rodrigo Agostinho (SP) h� diverg�ncias na legenda sobre se ele poder� continuar como presidente da Comiss�o de Meio Ambiente. Alguns defendem que ele n�o teria como deixar o cargo por ter sido eleito pelo colegiado, mas outros alegam que a vaga foi designada ao partido.
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