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Estado de Minas POL�TICA

Indicado para a PGR, Aras j� assegura apoios em comiss�o do Senado

L�der do governo no Senado espera que o indicado tenha o 'apoio de todos os partidos, da direita � esquerda, devido � sua trajet�ria'


postado em 07/09/2019 12:50 / atualizado em 07/09/2019 13:14

Aras vai começar a visitar senadores na próxima semana em busca de apoio(foto: Roberto Jayme/TSE)
Aras vai come�ar a visitar senadores na pr�xima semana em busca de apoio (foto: Roberto Jayme/TSE)
Senadores que v�o analisar inicialmente a indica��o de Augusto Aras para a Procuradoria-Geral da Rep�blica evitaram impor resist�ncias ao nome escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro. Entre os titulares da Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ), apenas dois declararam que n�o pretendem dar aval � nomea��o, enquanto seis se disseram favor�veis, segundo levantamento do Estad�o/Broadcast, plataforma de not�cias em tempo real do Grupo Estado. �nica representante do PSL, partido de Bolsonaro, na CCJ, a senadora Ju�za Selma (MT), declarou que vai votar contra o escolhido para suceder a Raquel Dodge. Na oposi��o, o vice-l�der do PT, Rog�rio Carvalho (SE), se disse a favor.

A reportagem ouviu 24 dos 27 titulares da comiss�o, respons�vel por sabatinar o indicado. Dez n�o quiseram comentar, seis afirmaram ainda n�o ter opini�o e apenas tr�s n�o responderam.

Otto Alencar (PSD-BA) e Angelo Coronel (PSD-BA), dois parlamentares que t�m se posicionado contra o governo em uma s�rie de vota��es no Senado, elogiaram a escolha de Bolsonaro para chefiar o principal �rg�o de investiga��o do Pa�s. "Ele n�o vai se dobrar a quem o indicou, ele � um homem do Direito e muito s�rio", afirmou Alencar, l�der do partido no Senado. "A indica��o de Augusto Aras talvez seja o ato mais respons�vel do presidente da Rep�blica at� ent�o", disse Coronel.

Em reservado, parlamentares avaliaram que as cr�ticas do escolhido de Bolsonaro a condutas da Lava-Jato imprimiram nele um perfil contr�rio � criminaliza��o da pol�tica, o que pode favorecer sua aprova��o pelos senadores. Para ser nomeado, ele precisar� do voto da maioria no plen�rio da Casa.

O l�der do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), afirmou esperar que o indicado tenha o "apoio de todos os partidos, da direita � esquerda, devido � sua trajet�ria". "As cr�ticas que ele fez � Lava-Jato foram devido � 'midiatiza��o'. Mas ele � um homem que defende a bandeira do presidente contra a corrup��o. Tem um perfil adequado e equilibrado", afirmou o Bezerra Coelho.

Aras chegou a criticar colegas do Minist�rio P�blico. Em entrevista ao Estad�o, afirmou que a institui��o estava aparelhada e defendeu uma "disruptura" para a Procuradoria "retomar os trilhos" da Constitui��o.

Para o l�der do PT, Humberto Costa (PE), a oposi��o deve ouvir Aras para avaliar se concorda com a nomea��o. "O que queremos � que o procurador coloque o MP para ter uma atua��o condizente com a Constitui��o e acabar com esse estrelismo de alguns servidores do MP e a persegui��o pol�tica", disse.

O nome, por�m, desagradou a senadores "lavajatistas", como a Ju�za Selma - chamada de "Moro de saias" durante a campanha eleitoral - e Alessandro Vieira (Cidadania-SE). "N�o adianta o presidente escolher um PGR que tenha posicionamentos parecidos com os dele se cada membro do MPF tem o seu pr�prio posicionamento e independ�ncia para trabalhar. Eu n�o teria feito essa escolha", afirmou a senadora, que criticou a indica��o fora da lista tr�plice eleita pela categoria.

Aras vai come�ar a visitar senadores na pr�xima semana em busca de apoio. Ele avisou � presidente da CCJ, Simone Tebet (MDB-MS), que pretende ir a todos os 81 gabinetes. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), por�m, disse que n�o pretende dar prioridade � an�lise da indica��o � PGR na Casa, que ainda discute a reforma da Previd�ncia.

'Chance'


Um dia ap�s ser alvejado nas redes sociais pela escolha, que desagradou a boa parte de seus apoiadores, Bolsonaro voltou ontem a pedir "uma chance" a Aras. "Reconhe�o as minhas limita��es, a minha fragilidade, a minha incompet�ncia em alguns momentos. Mas vou continuar me empenhando para fazer o melhor todo dia", disse o presidente a pessoas que o esperavam ontem na porta do Pal�cio da Alvorada.

Questionado se Aras vai combater a corrup��o, Bolsonaro respondeu que um procurador-geral da Rep�blica "n�o pode focar s� na corrup��o". "� quest�o ambiental, direitos humanos, minorias. Tem a ver indiretamente com a economia. Essa � a inten��o."

'Estou avaliando'


Augusto Aras j� se movimenta para montar sua equipe com nomes alinhados ao pensamento do presidente Jair Bolsonaro.

Popular entre bolsonaristas no Twitter pelo posicionamento conservador, o procurador Ailton Benedito disse ontem ao jornal O Estado de S. Paulo ter sido convidado por Aras para integrar a equipe da Procuradoria-Geral Rep�blica. O telefonema, segundo ele, ocorreu logo ap�s a indica��o de Aras ter sido confirmada.

Benedito, que afirmou conhecer Aras "institucionalmente", saiu em defesa do subprocurador, tachado de "esquerdista" por apoiadores do presidente, e disse estar "avaliando" o convite. "O que eu posso dizer � que ele falou para mim que eu s� n�o estarei na gest�o dele se eu n�o quiser. Ainda estou avaliando", afirmou Benedito. "Entendo que, nesse momento, � um perfil (Aras) que atende �s necessidades do MPF e do Pa�s."

Cr�ticas


A escolha de Bolsonaro por um candidato de fora da lista tr�plice da categoria, no entanto, gerou cr�ticas. Pouco depois de saber da indica��o, o primeiro colocado na elei��o feita pela Associa��o Nacional do Procuradores da Rep�blica, o subprocurador-geral M�rio Bonsaglia, contestou a decis�o de Bolsonaro. Ele afirmou que "a autonomia institucional do MPF corre claro risco de enfraquecimento diante da desconsidera��o da lista".

Conservador, Bonsaglia j� esteve duas vezes na lista da associa��o, mas, pela primeira vez, havia sido o mais votado. Tamb�m teve o nome defendido pelo ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica, S�rgio Moro.

O coordenador da Lava Jato no Paran�, Deltan Dallagnol, afirmou que a for�a-tarefa defende lista tr�plice, pois ela seria uma forma de garantir um chefe "testado e aprovado" para a institui��o. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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