
Os organizadores, entre os quais Uni�o Nacional dos Estudantes (UNE) e a Uni�o Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), haviam conclamando os participantes a vestirem roupas pretas, em sinal de luto. Mas, al�m do preto, o vermelho - geralmente associado � esquerda -tamb�m predominava nos trajes. Da Pra�a Oswaldo Cruz, por volta das 11h30, o p�blico saiu em cortejo pelas avenidas Paulista e Brigadeiro Lu�s Ant�nio, at� o Monumento �s Bandeiras, no Parque do Ibirapuera.
De acordo com a Pol�cia Militar, o movimento reuniu cerca de 500 pessoas, n�mero que contrastou com a estimativa de 30 mil participantes informada por Hugo Fanton, coordenador da Central de Movimentos Populares.
Segundo Fanton, um dos motes do encontro deste ano, que � realizado anualmente, foi "Esse sistema n�o vale", numa alus�o aos desastres ambientais causados pela mineradora Vale em Brumadinho, Minas Gerais.
Al�m de UNE e Ubes, participaram do ato na capital paulista pol�ticos do PT e do PSOL, centrais sindicais como CUT, Confedera��o dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e o Movimento dos Sem-Teto (MST). "S�o diversos movimentos sociais e sindicais, do campo e da cidade", afirmou Fanton.
O vereador Eduardo Suplicy (PT) compareceu vestindo preto. Ele disse que ficou feliz em encontrar o neto Teodoro Suplicy, de 16 anos, entre os presentes. "� importante que os jovens estejam unidos com os veteranos."
Belo Horizonte

A marcha sai do viaduto, percorre a Avenida dos Andradas, segue pelas ruas Guaicurus e Curitiba, entra na Avenida Amazonas e tem fim na Pra�a Sete.
Recife
Em Recife, os manifestantes participaram de uma caminhada de quatro horas, que come�ou �s 8h, em dire��o ao Parque Amorim, na �rea central.
Vestidos de preto e vermelho, os participantes reivindicaram verba para o ensino p�blico. � o caso de Ranielle Vital, de 24 anos, que acaba de entrar em mestrado na Universidade de Pernambuco. "A gente inicia uma sele��o j� sem nenhuma perspectiva de bolsa e est� muito dif�cil fazer ci�ncia no Brasil sem incentivo", disse.
Estudante de pedagogia e vice-presidente da UNE em Pernambuco, D�bora Carolyne lembra que as universidades federais pernambucanas sofreram bloqueio de 30% do or�amento, o que j� rendeu atos pol�ticos no Estado.
A manifesta��o tamb�m chamou a aten��o para as queimadas no Norte do Brasil. "S�o v�rias as situa��es que est�o nos preocupando e a Amaz�nia � uma delas", destaca o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido.
A marcha ocupou quatro faixas da Avenida Agamenon Magalh�es, uma das principais vias da capital, ao longo de duas quadras. Procurada, a Pol�cia Militar n�o estimou a quantidade de manifestantes.
Salvador
O Grito dos Exclu�dos come�ou a tomar forma por volta das 9h deste s�bado, 7 de setembro, em Salvador. Vestidos de preto ou vermelho, manifestantes iniciaram uma marcha cerca de duas horas depois com um ato ecum�nico. Entre os participantes, representantes de sindicatos, religiosos, estudantes e cientistas. O grupo tem a inten��o de seguir at� a Pra�a Castro Alves.
"O presidente convocou os patriotas para que usassem verde e amarelo em homenagem � Amaz�nia. J� os movimentos estudantis convocaram os estudantes e toda a sociedade para vir para a rua de preto, em luto pelo que est� acontecendo na Amaz�nia e contra os atentados � educa��o. O que nos motiva � a defesa do nosso Pa�s, patriotismo de verdade, n�o essa imagem que ele est� tentando vender", afirma Debora Nepomuceno, de 20 anos, vice-presidente nacional da Uni�o Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes).
Questionada sobre o n�mero de manifestantes, a Pol�cia Militar diz n�o ter uma estimativa.