
O procurador-geral interino Alcides Martins informou nesta quarta-feira, 18, que cinco procuradores que haviam debandado do grupo da Lava-Jato da Procuradoria-Geral da Rep�blica est�o de volta. "Em nome da import�ncia da investiga��o, para a Justi�a, para o pa�s, convidei os colegas que integraram o grupo de trabalho a retornarem a seus postos, o que ocorrer� imediatamente", declarou Martins.
Hebert Mesquita, Maria Clara Noleto, Luana Vargas, Alessandro Oliveira e Victor Riccely haviam deixado o grupo no dia 4 alegando "incompatibilidade de entendimento" com a ent�o procuradora-geral Raquel Dodge que, nesta ter�a-feira, 17, despediu-se do cargo, ap�s dois anos de mandato.
Nesta quarta, Alcides Martins assumiu interinamente o topo da institui��o. "Vou exercer a fun��o de procurador-geral da Rep�blica em sua plenitude. Tudo o que tiver de ser feito, ser� feito."
As informa��es foram divulgadas pela Secretaria de Comunica��o Social da PGR.
Vice-presidente do Conselho Superior do Minist�rio P�blico Federal, Martins est� no sexto mandato como conselheiro titular do colegiado. Ele ingressou no Minist�rio P�blico Federal em 1984. Tornou-se subprocurador-geral da Rep�blica em 2000. � formado em Direito pela Universidade do Estado do Rio e � doutor pela Universidade Federal do Rio.
Martins ficar� no cargo at� a conclus�o do processo de indica��o e nomea��o do novo procurador-geral, que tramita no Senado - Aras ser� submetido � sabatina.
Martins assegurou que dar� continuidade � atua��o do Minist�rio P�blico em todas as frentes. Ele adiantou que o vice-procurador-geral da Rep�blica, Luciano Mariz Maia, e o vice-procurador-geral eleitoral, Humberto Jacques de Medeiros, seguir�o em seus respectivos cargos.
Ao passar o cargo para Alcides Martins, Raquel Dodge disse: "N�o escolhemos as adversidades, escolhemos o modo de trabalho. N�s escolhemos as lutas que iremos travar e para isso escolhemos o modo de enfrent�-las."
Raquel destacou ainda que o Minist�rio P�blico deve desempenhar seu papel com autonomia e independ�ncia e que a fun��o de PGR exige di�logo permanente com as demais institui��es do Estado e com a sociedade civil.
"A articula��o deve ser feita de forma cautelosa para que a democracia liberal, prevista pela Constitui��o, seja garantida. A democracia liberal � aquela em que os direitos s�o assegurados, para que a vontade da maioria prevale�a, sem desprezar o direito das minorias", disse.
Aos jornalistas, ap�s a posse como procurador-geral da Rep�blica, Alcides Martins ressaltou a import�ncia de dar prosseguimento �s a��es da Opera��o Lava-Jato.
Ele disse que conversou com Raquel e que "h� no Minist�rio P�blico consenso no sentido de haver esfor�o conjunto para que as transi��es de cargo ocorram de maneira serena e com o compromisso institucional".
"N�o obstante a interinidade que decorre da lei, eu cumprirei na plenitude, as atribui��es do cargo de PGR. Assumo o mandato com a disposi��o de dar continuidade ao trabalho em todas as frentes de atua��o da Procuradoria-Geral da Rep�blica, com a colabora��o de toda a equipe. Refor�o o compromisso, independentemente do tempo que durar� essa interinidade, de trabalhar com responsabilidade e zelo na miss�o que a Constitui��o reservou ao Minist�rio P�blico da Uni�o", reiterou Martins.