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Estado de Minas

PF prende ex-governador suspeito de desviar R$ 300 milh�es

Ex-governador do Tocantins Marcelo Miranda foi preso em Bras�lia. Ele e a fam�lia s�o suspeito de fraudar licita��o


postado em 26/09/2019 08:14 / atualizado em 26/09/2019 10:07

(foto: Wikipédia.org)
(foto: Wikip�dia.org)

A Pol�cia Federal deflagrou na manh� desta quinta-feira  uma opera��o para investigar o ex-governador do Tocantins Marcelo Miranda e sua fam�lia. O pol�tico foi preso em Bras�lia, no apartamento funcional da  mulher dele, a deputada Dulce Miranda.

O pai  de Miranda tamb�m foi preso em  Palmas, capital do Tocantins, no Norte do pa�s. Um irm�o do ex-governador est� com um mandado de pris�o preventiva em aberto.

A PF  informou que a suspeita de corrup��o envolvendo a fam�lia Miranda causou preju�zos aos cofres p�blicos estimados em R$ 300 milh�es. Teriam sido cometidos os crimes de peculato (desvio de dinheiro p�blico por servidor p�blico) com fraude em licita��o.

A PF tamb�m cumpre mandado de busca e apreens�o na casa o ex-governador.

Pol�cia Federal (PF) prendeu, na manh� desta quinta-feira, 26, o ex-governador do Tocantins Marcelo Miranda (MDB), no �mbito da Opera��o "12º Trabalho", deflagrada para desarticular um organiza��o criminosa "suspeita de manter sofisticado esquema" de corrup��o, peculato, fraudes em licita��es, desvios de recursos p�blicos, recebimento de vantagens indevidas, falsifica��o de documentos e lavagem de capitais. A Pol�cia Federal estima que o grupo causou preju�zos de mais de R$ 300 milh�es � administra��o p�blica.

Cerca de 70 policiais cumprem 11 mandados de busca e apreens�o e tr�s mandados de pris�o preventiva, todos expedidos pela 4ª Vara Federal de Palmas. Segundo a PF, al�m da ordem contra Marcelo Miranda, outro mandado de pris�o j� foi cumprido. O ex-governador foi preso no apartamento funcional de sua mulher, a deputada Dulce Miranda (MDB-TO), mas ela n�o � investigada.

As a��es s�o realizadas nas cidades de Palmas, Tocant�nia, Tupirama e Aragua�na, no Tocantins, em Goi�nia, no Goi�s, e em Santana do Araguaia, Sapucaia e S�o Felix do Xingu, no Par�. A a��o � realizada em parceira com o Minist�rio P�blico Federal e a Receita Federal.

A investiga��o tem como base diferentes opera��es, entre elas a "Reis do Gado", a "Marcapasso", a "Pontes de Papel", a "Converg�ncia", e a Lava Jato. Em outubro de 2018, Marcelo, seu pai, Jos� Edmar Miranda, e seu irm�o, Jos� Edmar Miranda J�nior, se tornaram r�us no �mbito da "Reis do Gado", que mirava em crimes contra a administra��o p�blica.

Antes, em mar�o daquele ano, Marcelo Miranda foi cassado. Em agosto, o ex-governador foi condenado a 13 anos e nove meses de pris�o por peculato e fraude � licita��o pela contrata��o il�cita da OSCIP Brasil para gerir os hospitais estaduais nos anos de 2003 e 2004

A Pol�cia Federal indicou que um n�cleo familiar de tr�s pessoas influentes no meio pol�tico do Tocantins esteve no centro das investiga��es, "com poderes suficientes para aparelhar o Estado, mediante a ocupa��o de cargos comissionados estrat�gicos para a atua��o da organiza��o criminosa".

Segundo a PF, a "12º Trabalho" visa obter novas provas e interromper a continuidade do crime de lavagem de dinheiro. Os investigados continuam utilizando "laranjas" para dissimular a origem il�cita de bens m�veis e im�veis, frutos de propinas, diz a corpora��o.

A Pol�cia Federal indicou que, para dissimular a natureza, a origem e a localiza��o dos bens, o grupo realizou opera��es simuladas, como o com�rcio de gado de corte, utiliza��o de empresas de fachada, constru��o e venda de im�veis, mesmo ap�s as investiga��es se tornarem p�blicas.

A corpora��o anotou ainda que os crimes praticados pelo grupo est�o agrupados ao redor de sete grandes eixos econ�micos, que envolvem administra��o de fazendas e de atividades agropecu�rias, compra de aeronaves, gest�o de empresas de engenharia e constru��o civil, entre outros.

"As provas reunidas na a��o penal decorrente da Opera��o Reis do Gado apontam que os suspeitos atuaram e ainda agem de maneira org�nica e sistematizada, com divis�o de tarefas, cujos atos s�o detidamente planejados para assegurar o produto dos crimes", afirma a PF.

A corpora��o tamb�m alega que os investigados teriam manipulado provas, com a falsifica��o de documentos e compra de depoimentos.

A Pol�cia Federal indicou que o nome da opera��o faz refer�ncia a um dos trabalhos de H�rcules, personagem da mitologia grega. A corpora��o indicou que o 12º Trabalho do semideus, teria sido seu �ltimo e mais complexo desafio, que consistia em capturar C�rbero, um c�o de tr�s cabe�as que segundo a mitologia guardaria a entrada para o mundo dos mortos.

Outra opera��o


Nesta quarta-feira, 25, a Pol�cia Federal realizou a Opera��o Caroten�ides, outro desdobramento da "Reis do Gado", para desarticular um grupo que lavava dinheiro utilizando "laranjas" para registro de bens m�veis e im�veis.

Agentes da PF cumpriram dois mandados de busca e apreens�o e dois mandados de pris�o tempor�ria expedidos pela 4ª Vara Federal de Palmas. As a��es foram realizadas em Natividade, no Tocantins, e em Imperatriz, no Maranh�o.

A corpora��o indicou que a a��o visava aprofundar investiga��es e tinha como foco o escal�o intermedi�rio da organiza��o criminosa. Segundo a PF, os investigados eram pessoas interpostas, "laranjas", nos registros de ve�culos, assim como procuradores e intermediadores na negocia��o de fazendas.

De acordo com a Pol�cia Federal, o nome da opera��o faz refer�ncia aos apelidos utilizados pelos "laranjas".

Defesa


O advogado de Marcelo Miranda informou � reportagem que ainda n�o teve acesso aos autos e � decis�o. "Posso afirmar que n�o h� raz�o para um decreto prisional. Os fatos investigados s�o passados, distantes da atualidade que justificasse uma pris�o", afirmou. Com Estad�o Conte�do


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