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Estado de Minas

Ap�s aprovar a Previd�ncia, Bolsonaro far� uma reforma ministerial

Minirreforma em estudo no Planalto pode trocar o comando de pelo menos cinco minist�rios. Objetivo das mudan�as, que seriam feitas ap�s a aprova��o da reforma da Previd�ncia no Congresso, � refor�ar a base de apoio do governo no Legislativo


postado em 05/10/2019 12:07 / atualizado em 05/10/2019 15:31

(foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
(foto: Fernando Fraz�o/Ag�ncia Brasil)

Pelo menos cinco ministros poder�o ser substitu�dos na minirreforma ministerial que o presidente Jair Bolsonaro tem discutido com lideran�as partid�rias para estabelecer uma coaliz�o formal no Congresso, ap�s nove meses de governo.

Os mais citados por fontes consultadas pela reportagem s�o os ministros da Cidadania, Osmar Terra, da Educa��o, Abraham Weintraub, da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e do Turismo, Marcelo �lvaro Ant�nio.
As mudan�as dever�o ocorrer ap�s a conclus�o da reforma da Previd�ncia no Congresso.

A necessidade de uma minirreforma j� vinha sendo aventada pelo presidente, mas se tornou mais urgente nos �ltimos dias, ap�s o Senado aprofundar a desidrata��o da reforma da Previd�ncia, durante vota��o em primeiro turno, conclu�da na quarta-feira.

Os senadores rejeitaram mudan�as no abono salarial, reduzindo em R$ 76,4 bilh�es a economia estimada pela equipe econ�mica para os pr�ximos 10 anos, rebaixando a meta para R$ 800 bilh�es.

Antes de a proposta ser enviada ao Congresso, o governo previa economizar R$ 1,3 trilh�o nesse per�odo. Na quinta-feira, o secret�rio de Fazenda do Minist�rio da Economia, Waldery Rodrigues, afirmou que essa desidrata��o “j� afeta o equil�brio fiscal” do governo.

Interlocutores sugerem a Bolsonaro que essa derrota pode ser um forte argumento para o Executivo promover uma recomposi��o pol�tica com vistas a qualificar a rela��o com o Congresso em 2020.

Nesse contexto, parlamentares reclamam que o governo n�o honra acordos e acusam alguns ministros de ignorarem seus pleitos. A reforma serviria para agregar um maior n�mero de partidos ao primeiro escal�o da Esplanada, por meio da nomea��o de parlamentares.

Tamb�m � levado em conta nessa discuss�o o risco de outras pautas importantes do Executivo serem derrotadas no Parlamento, como a reforma tribut�ria e o programa de privatiza��es, o que aumentaria mais a desconfian�a dos investidores em rela��o � economia do pa�s. Al�m disso, outra grande preocupa��o s�o os �ndices de popularidade cada vez mais baixos do presidente Bolsonaro.

A minirreforma vem sendo discutida desde julho, de forma conjunta, pelos ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. O plano de reestrutura��o inclui a fus�o de algumas pastas e a redu��o do n�mero de secretarias.

Den�ncias contra ministro do Turismo

A apresenta��o de den�ncia nesta sexta-feira (4/10), pelo Minist�rio P�blico de Minas Gerais, contra o ministro do Turismo, Marcelo �lvaro Ant�nio, e mais 10 suspeitos de envolvimento com um esquema de candidaturas laranjas do PSL — partido de Bolsonaro — no estado aumentou os rumores de mudan�as no comando da pasta (veja abaixo). No entanto, o porta-voz do Planalto, Ot�vio R�go Barros, disse que o presidente n�o cogita fazer mudan�as na pasta.

O ministro da Cidadania, Osmar Terra, entrou no farol da reforma ministerial depois de ser acusado de cometer irregularidades por manter um escrit�rio pol�tico em Santa Rosa (RS) pago com recursos da C�mara dos Deputados. Como Terra faz parte da cota do MDB ga�cho, ele poderia ser substitu�do por um correligion�rio tamb�m do Rio Gande do Sul. Retornando � C�mara dos Deputados, poderia refor�ar a articula��o pol�tica na Casa.

O titular da Educa��o, Abraham Weintraub, embora seja apadrinhado pol�tico do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e ligado ao escritor Olavo de Carvalho, guru do bolsonarismo, tamb�m poder� ser substitu�do. Mesmo afinado com o discurso do presidente contra a orienta��o de esquerda nas universidades, o desempenho de Weintraub preocupa o Planalto, j� que sua atua��o tem provocado repercuss�es negativas at� mesmo entre aliados do governo no Congresso.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sofreu um grande desgaste com a crise internacional provocada pelo aumento das queimadas na Amaz�nia e pelas den�ncias de desrespeito aos direitos de popula��es ind�genas. Embora um eventual afastamento possa ser visto como uma admiss�o de defici�ncias na pol�tica ambiental do governo, a mudan�a na Pasta sinalizaria que Bolsonaro pelo menos tenta aprimorar a gest�o do setor.

Onyx Lorenzoni (DEM), que j� havia perdido o papel de articulador pol�tico para o secret�rio de governo, general Luiz Eduardo Ramos, � cotado para voltar � C�mara, onde poderia substituir o deputado Major V�tor Hugo (PSL-GO) na lideran�a do governo na Casa. A sa�da de Onyx poderia abrir espa�o para outros partidos no comando da Casa Civil, j� que o DEM tem o maior n�mero de minist�rios — al�m da Casa Civil, a Agricultura e a Sa�de. 


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