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Estado de Minas POL�TICA

Relator da CPI dos Fundos de Pens�o cobrou para n�o incluir nomes, diz delator


postado em 21/10/2019 13:11

Em depoimento de dela��o premiada prestado em 2017, o operador de propinas L�cio Bolonha Funaro afirmou que o deputado federal Sergio Souza (MDB-PR), alvo da Opera��o Grand Bazaar nesta segunda-feira, 21, cobrou R$ 9 milh�es de propina para n�o convocar para depoimento na CPI dos Fundos de Pens�o os ex-executivos Wagner Pinheiro, ex-presidente do Petros, e Ant�nio Carlos Conquista, ex-presidente do Postalis.

A solicita��o teria sido feita por Arthur Pinheiro Machado, amigo de Funaro e dono da �gora corretora e Bridge. Funaro, ent�o, perguntou sobre a viabilidade do pedido ao ex-presidente da C�mara dos Deputados Eduardo Cunha (MDB-RJ), mas ele disse que n�o havia nomeado nem o presidente nem o relator da CPI, respectivamente os deputados Efraim Filho (DEM-PB) e Sergio Souza.

Funaro relatou. "(Eduardo) Cunha disse para conversar com Marcos Joaquim Gon�alves, advogado do escrit�rio de advocacia Mattos Filho, para ver se ele teria uma solu��o j� que era amigo de Sergio (Souza). Marcos voltou com a informa��o de que tal demanda era poss�vel."

Marcos Joaquim Gon�alves era funcion�rio do escrit�rio Mattos Filho � �poca da dela��o, mas saiu de l� h� quase tr�s anos. Atualmente, ele � l�der do MJ Alves e Burle Advogados e Consultores.

Ainda segundo o delator, ele teria se reunido em Bras�lia, numa casa no Lago Sul, com o advogado Marcos Joaquim, Arthur Machado, o deputado Sergio Souza e um assessor deste. Nesta reuni�o teria sido acertada a propina de R$ 9 milh�es.

O dinheiro teria sido pago a Funaro por Arthur Machado, relatou o pr�prio operador de propinas, e os valores teriam sido creditados na sua conta junto ao doleiro Tony, por volta de agosto ou setembro de 2015.

"No dia marcado para Wagner Pinheiro ir depor na CPI dos fundos (de pens�es), o seu depoimento acabou sendo desmarcado", afirma Funaro. Ele ainda contou que durante a Opera��o Patmos, deflagrada pela Pol�cia Federal em 2017, foi levado um caderno seu de anota��es do ano de 2015, no qual constaria uma anota��o de contabilidade com a sigla 'MJ', que se referiria a Marcos Joaquim, seguida de valores dos repasses no caso mencionado.

Opera��o Grand Bazaar

A lavagem de dinheiro envolvia a remessa de recursos desviados dos fundos de pens�o para empresas de fachada nos Estados Unidos, segundo informou a PF. Com a confirma��o do recebimento de valores em contas indicadas no exterior, operadores disponibilizavam recursos em esp�cie no Brasil, a fim de que fossem entregues em endere�os vinculados a supostos intermedi�rios do parlamentar federal, tanto em resid�ncias em Bras�lia, como em hot�is em S�o Paulo. As buscas foram autorizadas por Celso de Mello, ministro do Supremo.

Defesas

A Petros divulgou a seguinte nota: "a Petros est� comprometida com as melhores pr�ticas de governan�a e responsabilidade na administra��o dos recursos dos participantes. Neste contexto, a Funda��o vem colaborando de forma irrestrita com a Pol�cia Federal, o Minist�rio P�blico Federal e demais �rg�os competentes, seguindo procedimento adotado desde o in�cio das investiga��es nos fundos de pens�o. Paralelamente, continuam em curso os trabalhos das Comiss�es Internas de Apura��o (CIAs) da Funda��o, criadas para averiguar eventuais irregularidades em investimentos decididos no passado, e cujos resultados s�o imediatamente encaminhados �s autoridades. Al�m disso, h� processo de responsabiliza��o contra ex-dirigentes no intuito de buscar ressarcimentos."

o advogado Marcos Joaquim Gon�alves Alves tamb�m se manifestou. "Com rela��o ao mandado de busca e apreens�o cumprido pela Pol�cia Federal nesta segunda-feira (21), o advogado Marcos Joaquim informa que sempre esteve � disposi��o das autoridades com total lisura e transpar�ncia. O advogado ressalta que apenas o Instituto Advocacy Brasil foi objeto da opera��o, inclusive sendo preservado o escrit�rio de advocacia e suas salas. � importante destacar que Marcos Joaquim nunca participou de nenhuma suposta reuni�o envolvendo todos os citados pelo delator L�cio Funaro. O Instituto Advocacy Brasil permanecer� contribuindo com as investiga��es para a apura��o dos fatos e reafirma o seu compromisso com a �tica, a integridade e a transpar�ncia."

O Postalis - Instituto de Previd�ncia Complementar encontra-se sob interven��o do �rg�o regulador Superintend�ncia Nacional de Previd�ncia Complementar (Previc) desde 04/10/2017. Por meio de nota, a Previc disse: "A Superintend�ncia Nacional de Previd�ncia Complementar (Previc) n�o trata publicamente de entidades fechadas de previd�ncia complementar (EFPC) espec�ficas, para n�o prejudicar o andamento de eventuais processos."

A reportagem busca contato com todos os citados na dela��o para posicionamento. O espa�o est� aberto para as manifesta��es.


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