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Em depoimento ao juiz federal Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara Federal de Bras�lia, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles negou ter conhecimento de fatos relacionados � den�ncia contra o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva referente a supostas propinas de R$ 40 milh�es da Odebrecht ao PT decorrente de linhas de cr�dito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) � Odebrecht para obras em Angola.
Meirelles, que foi presidente do Banco Central durante todo o governo do ex-presidente, entre 2003 e 2011, foi arrolado como testemunha de defesa de Lula. Ele foi questionado, em depoimento, pelo Minist�rio P�blico Federal, se tinha conhecimento sobre uma suposta solicita��o de propinas do ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, tamb�m r�u nesta a��o, ao empres�rio Marcelo Odebrecht.
"Como eu mencionei, da mesma maneira que foi feito durante a gest�o do presidente Temer e quando eu era ministro da Fazenda, entre as coisas que eu fiz quest�o de preservar foi o Banco Central. Eu fui presidente do Banco Central e eu dizia que sou aut�nomo e n�o aceitava opini�o, nem de ministro da Fazenda, nem de qualquer outro ministro. Eu, de fato, participava muito menos de demais minist�rios e n�o sei do que se trata essa quest�o referente ao ministro Paulo Bernardo", disse Meirelles.
Segundo Marcelo Odebrecht, em dela��o premiada, o ex-ministro Paulo Bernardo (Planejamento) pediu US$ 40 milh�es para ampliar para R$ 1 bilh�o uma linha cr�dito do BNDES � Odebrecht, para obras em Angola.
Marcelo relatou ter repassado o dinheiro e descontado o valor da conta de propina "Italiano", controlada pelo ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci em benef�cio do PT e do ex-presidente Lula e que chegou a ter R$ 200 milh�es de saldo.
Segundo as investiga��es, parte desse valor teria abastecido a campanha de Gleisi Hoffmann ao governo do Paran�, em 2014.
Segundo o suposto rastro da propina, as autoridades conseguiram �udios de funcion�rios do doleiro �lvaro Novis encaminhando as entregas de dinheiro com o ent�o marqueteiro de Gleisi, Bruno Martins. Os emiss�rios da suposta propina chegaram a ser fotografados e registrados na portaria da ag�ncia de publicidade que fez a campanha.