O ministro do Turismo, Marcelo �lvaro Ant�nio, afirmou na manh� desta quarta-feira (30) que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) � alvo de uma a��o "maldosa" da m�dia para tentar relacion�-lo ao assassinato da ex-vereadora Marielle Franco. Ao participar de um semin�rio do setor em Belo Horizonte, ele cobrou a investiga��o do vazamento de informa��es do inqu�rito que apura a morte a tiros da parlamentar do Psol, que chamou de criminoso.
“Isso foi um crime cometido obviamente com o intuito de atingir o presidente Jair Bolsonaro de uma forma maligna e covarde”, afirmou se referindo � reportagem do Jornal Nacional. A mat�ria mostrou que o porteiro do condom�nio em que Bolsonaro mora disse � pol�cia que Elcio de Queiroz, suspeito de envolvimento na morte de Marielle, entrou no local alegando que iria � casa de Bolsonaro. O destino, no entanto, foi a resid�ncia de Ronnie Lessa, principal suspeito do crime.
Segundo Marcelo �lvaro, a divulga��o da informa��o foi uma “a��o covarde” que ele atribui a parte da m�dia, que estaria insatisfeita com o corte de recursos de publicidade do governo e, por isso, "joga contra o tempo inteiro". “
“Houve um crime de vazamento que precisa ser apurado. Isso a� � um absurdo, tentar envolver o presidente com a morte da Marielle, para mim passou de todos os limites. Tudo vai ser investigado e tem que ser mesmo para provar a completa e irresponsabilidade de parte da empresa”, afirmou.
Laranjas
O ministro tamb�m se considera “injusti�ado” no indiciamento pelo caso das candidaturas laranjas em Minas Gerais. Segundo ele, as quatro candidatas acusadas fizeram campanhas pol�ticas e no inqu�rito, que tem mais de seis mil p�ginas e 80 pessoas envolvidas, somente uma pessoa lhe citou. “Fui indiciado injustamente pela teoria do dom�nio do fato porque na �poca ocupava a presidente do partido”, afirmou.
Marcelo �lvaro est� envolvido tamb�m na crise que racha o PSL, j� que parte das lideran�as acredita que ele teria sido blindado pelo governo enquanto o presidente nacional Luciano Bivar foi exposto e chamado de “queimado” por Bolsonaro.
Questionado sobre a diferencia��o, o ministro do Turismo disse que passou por uma devassa por parte da pol�cia, Minist�rio P�blico, �rg�os de imprensa e advers�rios pol�ticos. “N�o teve ningu�m no Brasil mais investigado nos �ltimos nove meses que eu. Dizer que eu sou blindado? N�o vejo dessa forma.”
Na crise, o ministro indicou que vai acompanhar Bolsonaro, caso ele deixe a legenda. Marcelo �lvaro Ant�nio disse ter um compromisso com o presidente. “Todo nosso esfor�o � para que tudo possa se resolver e a uni�o volte acontecer, mas tenho compromisso com o presidente Jair Bolsonaro”, disse.
O ministro do Turismo de Bolsonaro foi denunciado no in�cio de outubro pelo Minist�rio P�blico de Minas Gerais por usar candidaturas laranja para obter recursos do fundo eleitoral. Al�m de Marcelo �lvaro Ant�nio, outras dez pessoas foram apontadas como participantes do esquema. Entre elas est�o os assessores do ministro Haissander de Paula, Mateus Von Rondon e Roberto Silva Soares. De acordo com o MP, os tr�s faziam a intermedia��o entre os partidos e gr�ficas.
A Pol�cia Federal tamb�m indiciou Marcelo �lvaro Ant�nio no inqu�rito da Opera��o Sufr�gio Ostenta��o, que acusa o ministro dos crimes de falsidade ideol�gica, associa��o criminosa e apropria��o ind�bita.
Investe turismo
Marcelo �lvaro Antonio participou do an�ncio do investimento de R$ 2,6 milh�es em nove cidades mineiras dentro do Investe Turismo. O programa � uma parceria entre o minist�rio, o Sebrae, a Embratur e governo de Minas. Est�o contempladas no programa as rotas Trilha do ouro (Mariana, Ouro Preto, Sabar� e Congonhas), Rota dos Diamantes (Diamantina), Trilha dos Inconfidentes (Tiradentes e S�o Jo�o del Rei), Veredas do Paraopeba (Brumadinho) e Belo Horizonte.
Minas Gerais ter� menos de 2% do Investe Turismo, que prev� R$ 200 milh�es em 30 rotas do pa�s. Segundo o superintendente do Sebrae em Minas, Afonso Rocha, n�o haver� transfer�ncia de recursos. A pr�pria institui��o vai usar o dinheiro em projetos que atendam aos parceiros, ajudando em pontos como divulga��o de destinos e capacita��o de m�o de obra. Segundo Rocha, as rotas mineiras foram escolhidas pensando nas voca��es do estado.
"Nossa preocupa��o � gerar resultado. Esse recurso vem para alavancar ainda mais o turismo em Minas", afirmou o superintendente. De acordo com ele, o Sebrae j� investiu R$ 6 milh�es no turismo em Minas este ano. H� uma preocupa��o especial do Sebrae em fomentar neg�cios em Brumadinho para ajudar a cidade a se reposicionar economicamente, depois da trag�dia com rompimento de mais uma barragem da Vale na cidade.
Sobre o valor para o estado ser baixo em rela��o ao montante total, Afonso Rocha disse que h� muitos destinos no pa�s. Ainda segundo ele, e Minas � polivalente enquanto outros destinos vivem quase exclusivamente do turismo.
A subsecret�ria de Turismo de Minas Gerais, Marina Simi�o, disse que o dinheiro vai ajudar a promover o mercado de viagens nacional e internacionalmente. Ela destacou que Minas Gerais vai receber a semana nacional do turismo em dezembro, o que tamb�m vai contribuir para o setor.