
O entorno do presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro, acredita piamente que ele n�o tem nada a ver com a morte da vereadora do Rio Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes. Mas h� uma preocupa��o vis�vel de que o epis�dio prejudique os filhos do presidente.
Apesar das desconfian�as, o clima � de revolta no Planalto: “Estamos indignados com a den�ncia”, diz um dos mais pr�ximos assessores de Bolsonaro, em rela��o �s not�cias veiculadas pelo Jornal Nacional, da Rede Globo, sobre o depoimento � pol�cia de um dos porteiros do condom�nio onde o presidente tem casa. O porteiro disse que, no dia da morte da Marielle e de Anderson, um dos envolvidos no assassinato, �lcio Queiroz, teria dito que iria para a resid�ncia de Bolsonaro.
Suspei��o
Na avalia��o de integrantes do Planalto, o governo precisa debelar o mais rapidamente poss�vel essa crise, para dissipar o clima de suspei��o que paira no ar e que pode atrapalhar muito o governo em seus projetos de reanimar a economia do pa�s.
Para isso, acreditam que o governo deve dar a maior visibilidade a todas as informa��es. “Nesse caso, a transpar�ncia ser� tudo”, refor�a outro assessor presidencial, que v� um clima parecido com a fat�dico 17 de maio de 2017, quando vazaram os �udios de uma conversa entre o ent�o presidente Michel Temer e o empres�rio Joesley Batista, dono da JBS.
A crise pol�tica detonada por aquele fato enterrou todas as chances de Temer aprovar a reforma da Previd�ncia, que saiu no atual governo e est� pr�xima de ser promulgada. Bolsonaro tem pela frente duas reformas importantes para tocar: a tribut�ria e a administrativa. Mas isso exige tranquilidade pol�tica.
“Vamos ver quanto tempo levar� para a poeira baixar. O governo n�o pode deixar nenhuma ponta dessa hist�ria desamarrada”, alerta um terceiro integrante do Planalto