
O governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), voltou a rebater o presidente Jair Bolsonaro na manh� desta sexta-feira, 1º. Em transmiss�o ao vivo feita na quinta-feira, 31, Bolsonaro insistiu na tese de que o governador teria vazado informa��es sobre a investiga��o da morte da vereadora Marielle Franco para tentar prejudic�-lo.
Witzel negou novamente a alega��o e disse que "n�o tem bandido de estima��o". "Seja ele de farda, de distintivo, pol�tico, filho de poderoso. N�o tenho compromisso com a bandidagem. Assumi o Estado sem qualquer compromisso com traficante, com miliciano. Todos aqueles que se colocarem na reta da Justi�a ser�o presos, ser�o investigados."
O filho "01" do presidente, senador Fl�vio Bolsonaro (PSL-RJ), � alvo de investiga��o do Minist�rio P�blico do Rio que apura a suposta pr�tica dos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organiza��o criminosa em seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O caso ficou conhecido como "Caso Queiroz", em refer�ncia ao ex-assessor de Fl�vio, Fabr�cio Queiroz.
Fl�vio foi o piv� do in�cio da crise entre o cl� e o governador. Partiu dele, que comanda o PSL no Rio, a ordem para que o partido desembarcasse da base do governo estadual - o que, na pr�tica, n�o ocorreu. Witzel est� brigado com Bolsonaro desde que manifestou o desejo de concorrer � Presid�ncia em 2022.
Ao falar com a imprensa nesta manh�, o governador tamb�m parabenizou a Advocacia Geral da Uni�o (AGU) por ter aberto um procedimento para investigar o vazamento. "Se n�o tivesse instaurado l�, eu instauraria aqui, para investigar quem foi o vazador. Que se descubra."
Na noite de ter�a-feira, 29, o Jornal Nacional, da TV Globo, publicou reportagem que revelava um depoimento que ligava Bolsonaro a um dos acusados pela morte de Marielle, Elcio de Queiroz. Al�m de acusar o governador de vazar as informa��es, o presidente disse que Witzel quer "o poder pelo poder" e "se acha gostos�o".
Nesta manh�, o governador garantiu que nunca teve acesso aos autos do processo sobre a morte de Marielle. "O Rio, depois que eu assumi o governo, tem uma pol�cia independente, como deve ser numa democracia."
