O Minist�rio P�blico Federal requisitou nesta quarta-feira, 6, � Pol�cia Federal que instaure um inqu�rito para apurar delitos de obstru��o de Justi�a, falso testemunho, denuncia��o caluniosa supostamente cometidos pelo porteiro do condom�nio Vivendas da Barra, por causa da cita��o ao presidente Jair Bolsonaro em depoimento na investiga��o sobre o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes, em mar�o de 2018. O inqu�rito tramitar� sob sigilo.
Em nota, a Procuradoria indicou que somente se manifestar� de forma conclusiva ap�s a conclus�o das investiga��es.
No �ltimo dia 30, o procurador-geral da Rep�blica, Augusto Aras, encaminhou � Procuradoria da Rep�blica no Rio de Janeiro o of�cio assinado pelo ministro Sergio Moro, que pedia a abertura de um inqu�rito para apurar se houve "tentativa de envolvimento indevido" do nome do presidente na investiga��o do caso Marielle.
O pedido de Moro foi feito ap�s o presidente acion�-lo para que a Pol�cia Federal escutasse o porteiro novamente.
A solicita��o foi atendida por Aras, que disse ainda que j� havia recebido uma notifica��o sobre a cita��o ao nome do presidente no caso, mas n�o viu elementos suficientes e mandou arquiv�-la.
No documento, o ministro da Justi�a apontou que haveria uma inconsist�ncia no depoimento do porteiro do Condom�nio Vivendas da Barra - onde o presidente morava na �poca do crime - que "sugere poss�vel equ�voco na investiga��o conduzida no Rio de Janeiro".
Segundo reportagem exibida no Jornal Nacional, da TV Globo, o funcion�rio afirmou � Pol�cia Civil que, �s 17h10 de 14 de mar�o de 2018 (horas antes do crime), um homem chamado Elcio (que seria Elcio Queiroz, um dos acusados pelo duplo homic�dio) entrou no condom�nio dirigindo um Renault Logan prata e afirmou que iria � casa 58, que pertence a Bolsonaro e onde morava o presidente. Ronnie Lessa, outro acusado pelo crime, era vizinho do presidente. O ent�o deputado, por�m, estava em Bras�lia, conforme registros da C�mara.
H� 602 dias Marielle Franco e Anderson Gomes foram assassinados em circunst�ncias que ainda n�o foram completamente esclarecidas. Em setembro, a ent�o a procuradora-geral da Rep�blica, Raquel Dodge, pediu que o caso passe a conduzido em �mbito federal, o que ser� analisado pelo Superior Tribunal de Justi�a (STJ).
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POL�TICA
Procuradoria pede � PF inqu�rito sobre depoimento de porteiro no caso Marielle
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