
O governador Romeu Zema (Novo) fez um balan�o do seu primeiro ano de governo, na manh� desta ter�a-feira (12), e disse que sua gest�o tem se pautado por s� anunciar aquilo que pode cumprir. “Isso � responsabilidade e seriedade com a coisa p�blica”, afirmou.
A fala foi feita pouco antes de a equipe econ�mica do governo informar que o acordo fechado com a Assembleia – para votar o projeto que antecipa recursos do ni�bio – garante o pagamento do 13º do funcionalismo, mas n�o no dia 21 de dezembro. Com isso, o estado segue sem data definida para pagar o benef�cio.
Designado para falar sobre o assunto, o secret�rio de Planejamento e Gest�o Otto Levy disse que o estado n�o tem dinheiro em caixa para pagar o 13º com recursos pr�prios e ser ressarcido depois com a verba do ni�bio, como sugeriu o l�der de governo Luiz Humberto (PSDB). Por isso, o mais prov�vel, pelas datas anunciadas de vota��o no Legislativo e os prazos informados pelo Executivo, � que o benef�cio natalino seja quitado somente em janeiro.
Ainda sem anunciar uma data certa para o pagamento, Zema afagou o Legislativo e falou dos feitos do seu governo neste ano. “Minas parou de caminhar no sentido do precip�cio e est� come�ando a caminhar no sentido de equilibrar sua situa��o, mas muito ainda est� por ser feito”, afirmou.
Ao abordar a situa��o do funcionalismo, o governador disse que Minas n�o vai se transformar no Rio de Janeiro, onde segundo ele, os servidores precisaram levar caneta e papel higi�nico pr�prios para o trabalho, al�m de receber os sal�rios atrasados.
Zema afirmou que os servidores caminham para n�o receber o 13º na data certa pelo quarto ano consecutivo. “Essa situa��o vai ficando insustent�vel, as pessoas v�o se desmotivando e tem um limite. O funcionalismo do Executivo, eu diria que j� foi testado e sofreu durante todo esse tempo e pagou a conta de estado irrespons�vel, que gasta mais do que arrecada. A Assembleia neste momento vem a compreender plenamente esse nosso anseio, que � de todo o estado”, afirmou.
13º atrasado
Apesar das dificuldades, Zema disse que seu governo teve avan�os como dar previsibilidade ao funcionalismo da data em que ir�o receber os vencimentos. Tamb�m citou a quita��o do 13º que ficou pendente do ex-governador Fernando Pimentel (PT) dois meses antes do previsto e ressaltou ter regularizado os repasses constitucionais dos munic�pios desde fevereiro.
“Hoje tenho a satisfa��o de participar de encontros com prefeitos em todas as regi�es e, em vez levar pedradas, sou bem recebido”, disse. O governador tamb�m afirmou ter avan�ado em pontos que n�o dependiam de recursos extras, como a seguran�a e a gera��o de empregos.
O governador, afirmou, no entanto, que o equil�brio � “t�nue” e a qualquer momento pode sofrer rev�s. De acordo com ele, boa parte da situa��o atual vem de R$ 9 bilh�es que deixaram de ser cobrados do estado por liminares concedidas pelo Supremo Tribunal Federal, suspendendo o pagamento da d�vida com a Uni�o.
Na entrevista na Cidade Administrativa, Zema ofereceu um caf� da manh� � imprensa e procurou mostrar sintonia com o Legislativo. “Temos trabalhado a quatro m�os e o estado com certeza vai se transformar em um estado vi�vel em breve”, disse.
Nos bastidores, deputados estaduais t�m se mostrado insatisfeitos com as cobran�as p�blicas do governo para que o Legislativo aprove rapidamente o projeto do ni�bio. Para os parlamentares, o recado passado ao funcionalismo � que 13º sal�rio e o fim do parcelamento est�o nas m�os do Legislativo.
Tamb�m na linha de concilia��o, o secret�rio de governo Bilac Pinto fez quest�o de dizer v�rias vezes que o Legislativo tem o seu tempo pr�prio e evitou falar em prazos para a aprova��o das propostas na Casa. “O Executivo n�o pauta o tempo do Legislativo. O tempo do parlamento � o tempo do convencimento e os parlamentares tem responsabilidade de saber a situa��o de cada projeto e a do estado”, afirmou.