A decis�o do presidente Jair Bolsonaro de deixar o PSL e criar novo partido tomou conta das conversas dos parlamentares mineiros da legenda na Assembleia Legislativa e na C�mara dos Deputados. Segundo o l�der do PSL na Assembleia, deputado Delegado Heli Grilo, a inten��o de quase todos na bancada do Legislativo mineiro � acompanhar Bolsonaro na nova legenda, a Alian�a pelo Brasil. No entanto, os parlamentares ressaltam que a mudan�a s� deve se confirmar no ano que vem, quando a nova legenda estiver regularizada na Justi�a Eleitoral.
“Conversamos muito nas �ltimas horas sobre o novo cen�rio e j� � certo que a maioria esmagadora da bancada mineira acompanhar� o presidente Bolsonaro. Mas sabemos que n�o podemos deixar o partido agora. � uma quest�o jur�dica, j� que diferentemente do caso de eleitos para o Executivo e senadores, os deputados n�o podem mudar de partido em qualquer momento”, afirmou o Delegado Heli.
Afastado da Assembleia ap�s uma cirurgia no cora��o (ele volta no dia 24), o parlamentar mant�m as conversas com os colegas de partido e diz que a base de apoio ao presidente se mostrou animada com a cria��o da Alian�a pelo Brasil. “Com a constitui��o do novo partido vamos caminhar junto com o presidente”, disse. Os deputados Bruno Engler e Coronel Sandro usaram as redes sociais para pedir apoio aos eleitores na cria��o do novo partido.
Entre os seis deputados do PSL na Assembleia de Minas, a deputada Delegada Sheila foi a �nica que indicou que pretende continuar na legenda. “A legisla��o eleitoral impede a troca de partidos no momento. Logo, at� que uma janela se abra, nenhum deputado poder� mudar de partido. Mas o mais importante de tudo �: n�o � preciso estar no mesmo partido do presidente Bolsonaro para apoiar seus projetos de governo”, disse a deputada em suas redes.
Em Bras�lia, dos seis deputados mineiros do PSL tr�s j� declararam que v�o acompanhar o presidente em seu novo partido: Al� Silva, J�nio Amaral e L�o Motta. O deputado En�ias Reis ainda n�o definiu sua posi��o, mas disse que pretende ouvir orienta��es do presidente.
“Tanto a sa�da do PSL como a cria��o de um novo partido foram decis�es extremamente necess�rias. O PSL foi importante enquanto legenda para as elei��es de 2018, mas n�o se transformou em um partido fisiol�gico para um aut�ntico conservador. No Brasil, os partidos s�o esp�cies de propriedades de seus presidentes nacionais, que repassam aos presidentes estaduais o dom�nio daquele territ�rio. Por isso, alinhamento e transpar�ncia n�o eram prioridades no PSL”, explicou o deputado Cabo Junio Amaral, que espera se filiar � Alian�a pelo Brasil assim que a legisla��o permitir.
Na bancada federal, apenas o deputado Charlles Evangelista se manifestou dizendo que permanecer� no PSL. “Permanecerei ao lado do presidente e de suas pautas econ�micas e sociais. Meus ideais continuam alinhados com os do presidente. Ainda assim, hoje a lei de infidelidade partid�ria tamb�m me impede de trocar de partido fora da janela”, postou em suas redes sociais Evangelista, desejando boa sorte a Bolsonaro.
De acordo com a Justi�a Eleitoral, est�o previstas as mudan�as de partido por parte de deputados nos seguintes casos: quando o partido n�o cumprir a cl�usula de desempenho eleitoral; em caso de incorpora��o ou fus�o da legenda; em caso de expuls�o da legenda; ap�s a cria��o de novo partido; ou durante a janela partid�ria (per�odo de 30 dias anteriores � data limite para filia��o partid�ria, ou seja, seis meses antes de uma elei��o), neste caso s� pode deixar o partido o parlamentar em fim de mandato.