
"Ele Guedes gera uma seguran�a na sociedade e, principalmente, nos investidores. Usar dessa forma, mesmo que sendo para explicar o radicalismo do outro lado, n�o faz sentido. Por que algu�m vai propor o AI5 se o ex-presidente Lula, que acho que est� errado tamb�m porque est� muito radical estimula manifesta��o de rua? O que uma coisa tem a ver com a outra? N�s vamos estimular o fechamento do parlamento? Dos direitos constitucionais dos cidad�os como o habeas corpus como fez o AI5? � isso que estamos querendo estimular? Por uma manifesta��o de rua, a gente fecha as institui��es democr�ticas?".
Ap�s ser solto, o ex-presidente Lula convocou apoiadores a protestar e declarou que "um pouco de radicalismo faz bem � alma". No fim de outubro, antes de o petista ser solto, o deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, defendeu medidas como "um novo AI-5" para conter manifesta��es de rua, caso "a esquerda radicalizasse".
"Temos que tomar cuidado porque a gente est� usando um argumento que n�o faz sentido do ponto de vista do discurso. E como n�o faz sentido, acaba gerando inseguran�a em todos n�s de qual o intuito por tr�s da utiliza��o recorrente dessa palavra", afirmou Maia durante evento sobre democracia e pol�tica na C�mara dos Deputados.
O Ato Institucional nº 5 foi a mais dura medida institu�da pela ditadura militar, em 1968, ao revogar direitos fundamentais e delegar ao presidente da Rep�blica o direito de cassar mandatos de parlamentares, intervir nos munic�pios e Estados. Uma das medidas foi esvaziar garantias constitucionais como o direito a habeas corpus e suspens�o de direitos civis, como citado por Maia. A fala de Eduardo Bolsonaro foi repreendida por lideran�as pol�ticas e por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
O presidente da C�mara afirmou ainda que os dois lados - governo e o ex-presidente Lula - est�o estimulando uma "guerra campal".
"Me d� impress�o, �s vezes, que os dois campos, tanto o ex-presidente Lula quanto parte do governo, ficam estimulando que as manifesta��es venham para as ruas e n�o que seja um movimento natural, que sejam estimulado pelo outro. E isso n�o me parece o melhor caminho", afirmou.