
Bras�lia - A tens�o entre os servidores piorou depois de 5 de novembro, com o “pacote” enviado pelo governo ao Congresso – PEC Emergencial (nº 186/2019), PEC da Revis�o dos Fundos (nº 187/2019) e PEC do Pacto Federativo (nº188/2019). A PEC Emergencial, principalmente, pegou todos de surpresa. O presidente da C�mara Rodrigo Maia (DEM-RJ), j� havia admitido, em conversas com integrantes do Fonacate, que 80% da reforma administrativa j� estava na Emergencial. Os 20% restantes � que ser�o futuramente apresentados pelo secret�rio de Gest�o de Pessoas do Minist�rio da Economia, Vagner Lenhart. “Ele vai s� botar a cereja no bolo, porque o bolo j� est� pronto”, resumiu o cientista pol�tico Jorge Mizael, s�cio-diretor da consultoria Metapol�tica.
Al�m disso, diz Silva, em algumas cidades ou estados servidores p�blicos s�o a maior parte da for�a de trabalho, como mostram dados da Rela��o Anual de Informa��es Sociais (Rais) de 2013. Em Parintins (AM), por exemplo, h� a maior propor��o do Brasil de funcion�rios p�bicos em rela��o ao total de trabalhadores formais: s�o 3.971 servidores, ou 62,71% do total. Em Camet� (AM), os 3.428 funcion�rios estatut�rios s�o 51,44% das pessoas com empregos formais. Boa Vista vem em terceiro lugar (45,78%); seguida por Jo�o Pessoa, com 42,65%; Porto Velho, com 41,25%; Palmas, 40,30%. Bras�lia est� em 12º lugar, com 38,45%.
“Os que apostaram no atual projeto pol�tico, que teve o apoio de pelo menos 60% dos servidores, est�o pagando um pre�o alt�ssimo. Alguns come�am a despertar, como mostra a uni�o de servidores do Executivo, Legislativo, Judici�rio e dos federais, estaduais e municipais”, destaca Silva. Para ele, vai ser dif�cil o governo cumprir algumas das promessas. “Hoje existem 309 carreiras, e n�o � f�cil baixar para 20 ou 30. At� porque, em obedi�ncia � lei, n�o � poss�vel reduzir sal�rio”, afirma.