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Estado de Minas

Pe�a-chave em novo partido de Bolsonaro, advogado prega agenda conservadora

Lu�s Felipe Belmonte voltou da Inglaterra, onde morou por mais de 8 anos, e entrou direto para a pol�tica; milion�rio, diz que n�o quer "nenhum centavo"


postado em 02/12/2019 10:11 / atualizado em 02/12/2019 10:23

(foto: Edy Amaro/Esp. CB/D.A Press)
(foto: Edy Amaro/Esp. CB/D.A Press)

O advogado Lu�s Felipe Belmonte � um dos nomes fortes do novo partido do presidente Jair Bolsonaro, o Alian�a pelo Brasil. O pol�tico do Distrito Federal participa da gesta��o da legenda, que precisa ser oficializada, e ganhou lugar de destaque no cen�rio nacional nos �ltimos dias. Depois de passar mais de 8 anos e meio na Inglaterra, Belmonte voltou ao Brasil recentemente e se lan�ou direto na pol�tica com ascens�o r�pida ao centro do poder.

Com patrim�nio declarado nas elei��es do ano passado em R$ 65 milh�es, o advogado disputou o pleito como suplente de Izalci Lucas (PSDB), que se elegeu ao Senado. A mulher dele, Paula Belmonte (Cidadania-DF), tamb�m foi candidata e conquistou uma vaga na C�mara.

Em entrevista ao Correio Braziliense, ele diz que entrou na pol�tica tamb�m porque sentia ter uma d�vida social com o Brasil e pela vontade de realizar um trabalho a favor das crian�as. “Talvez o bom senso recomendasse que deveria cuidar da minha vida. O meu interesse financeiro na pol�tica � zero. N�o quero nenhum centavo”, disse.

Cotado para dirigir a nova sigla no DF, Belmonte se mostra alinhado com Bolsonaro nos valores professados pelo presidente.  A defesa da fam�lia, dos valores crist�os e a luta contra ideais, segundo ele, do Foro de S�o Paulo, s�o prioridade. “T�m determinados princ�pios e conceitos, chamados judaico-crist�os, que n�s honramos e achamos que devem ser respeitados. Afinal, se respeitamos as op��es de outras pessoas, elas devem respeitar as nossas”, afirma.

O senhor morou na Inglaterra por muito tempo. O que o fez voltar?
Tinha nascido nosso quinto filho e quer�amos traz�-los para c�, para ter contato com a cultura brasileira. A segunda raz�o � que est�vamos muito empolgados em  criar um instituto para cuidar de crian�as, fazer um trabalho social e tirar meninos da rua. Al�m disso, v�amos um vento novo de defesa da fam�lia e da moralidade. Havia um sentimento de patriotismo. N�s t�nhamos uma d�vida social com o Brasil.

E por que j� entrar na pol�tica?

Quando olhamos a situa��o dessas crian�as em locais como o Sol Nascente, vimos que o problema era muito mais grave. Entendemos que o meio da pol�tica seria o mais eficaz para tentar resolver as quest�es. Qualquer outro meio seria paliativo.

Na �ltima elei��o, o senhor deu apoio financeiro (R$ 3,9 milh�es) para mais de 30 candidatos, qual foi o crit�rio e a motiva��o?
A convic��o de que n�o se faz nada sozinho. � preciso formar um grupo. N�s nunca t�nhamos tido uma atividade eleitoral. A primeira coisa a se fazer era formar um grupo e come�armos a fazer contatos. Uma das condi��es era de que n�o apoiar�amos quem tivesse mandato. Fizemos um sistema de entrevista para entender o que as motivava. N�o busco a nova pol�tica, mas a pol�tica de raiz, da Gr�cia, que era cuidar da polis, da cidade. Assim, selecionamos pessoas que acredit�vamos estar imbu�das desses mesmos ideais.

Pensando como empres�rio, dedicar-se � pol�tica atrapalha os neg�cios?

Se fosse meramente pela situa��o que vivo hoje, n�o teria qualquer motiva��o ou vontade de entrar na pol�tica. Tenho minha vida profissional bem resolvida. Temos o suficiente para uma vida bem confort�vel. Tudo indicava que eu devesse me dedicar � fam�lia e �s minhas atividades. Talvez o bom senso recomendasse que deveria cuidar da minha vida. O meu interesse financeiro na pol�tica � zero. Tenho minhas atividades empresariais. Acho  importante um conceito de Margaret Thatcher de que o dinheiro � p�blico e deve ser muito bem usado, com transpar�ncia.

Quando algu�m com patrim�nio entra na pol�tica, h�  o receio de que o dinheiro possa influenciar o resultado ou a chance de abuso do poder econ�mico. O senhor n�o teme ser visto assim?
N�o. Primeiro porque n�o tenho tanto dinheiro quanto as pessoas acham que tenho. Apenas o suficiente para viver bem. Na elei��o, todos os valores que usei foram dentro dos limites legais. Qualquer pessoa que tivesse disponibilidade entraria em igualdade comigo. Claro que a pessoa com mais recursos tem mais facilidade, mas, por isso mesmo, a Justi�a estabeleceu os limites.

Como o senhor tem acompanhado o trabalho da sua mulher, a deputada federal Paula Belmonte?

Estou tendo que dividir o tempo com a dedica��o dela � sociedade. O tempo que temos para lazer e filhos e fazer coisas que a gente quer � menor, mas � em prol de uma causa nobre. A Paula � uma pessoa sincera, leal e que tem um compromisso efetivo com a palavra dela. Ela n�o precisa prometer nada porque realmente se empenha. � da natureza dela. E ela tem tido resultados extraordin�rios, uma participa��o muito elogiada na CPI do BNDES, com resultados concretos, o que � raro numa CPI. Ela conquistou uma harmonia muito grande com os colegas de parlamento. Recebeu alguns reconhecimentos, como ter sido eleita a melhor parlamentar do DF. 

Como se deu a aproxima��o do senhor com Bolsonaro?
Por interm�dio de uma amiga, fui apresentado � Karina Kufa, advogada do presidente. Nas primeiras conversas, tivemos muita afinidade, porque temos as mesmas propostas, as mesmas formas de agir. Quando surgiu a crise do PSL, ela comentou que o presidente estava desconfort�vel porque queria a auditoria nas contas. Ele achava importante saber quem fez o qu� e quem era respons�vel. Nesse tempo, tamb�m chegou o Admar Gonzaga, ex-ministro do TSE, e n�s come�amos a pensar em solu��es para aquela situa��o partid�ria. Entendemos que o melhor seria que ele criasse um partido.  Verificamos que faltava uma sigla de natureza conservadora, que preservasse os valores de fam�lia, da tradi��o crist�.  


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