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Estado de Minas POL�TICA

Caso Queiroz: MP retoma investiga��o com foco em Fl�vio Bolsonaro

Senador virou alvo de suspeita ap�s Relat�rio de Intelig�ncia Financeira (RIF) do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf)


postado em 06/12/2019 12:30 / atualizado em 06/12/2019 12:59

Fabrício Queiroz e o senador Flávio Bolsonaro(foto: Reprodução/SBT Fabricio Queiroz e Fátima Meira/estadão Conteúdo)
Fabr�cio Queiroz e o senador Fl�vio Bolsonaro (foto: Reprodu��o/SBT Fabricio Queiroz e F�tima Meira/estad�o Conte�do)

Um ano ap�s o jornal O Estado de S. Paulo revelar, em 6 de dezembro de 2018, que o PM Fabr�cio Queiroz, ex-assessor parlamentar na Assembleia Legislativa fluminense, tivera em conta movimenta��es financeiras de R$ 1,2 milh�o, at�picas e incompat�veis com seus ganhos, o Minist�rio P�blico do Rio retomar� as investiga��es e seu foco: o senador Fl�vio Bolsonaro (sem partido-RJ).

O salvo-conduto para a retomada da apura��o foi dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A corte considerou legal o compartilhamento de informa��es fiscais e banc�rias com o MP. O parlamentar alegava ilegalidade e persegui��o pol�tica na a��o.

Fl�vio virou alvo de suspeita ap�s Relat�rio de Intelig�ncia Financeira (RIF) do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontar que Queiroz recebia dep�sitos regulares de colegas de gabinete. Essas movimenta��es ocorriam perto do pagamento de sal�rios.

Para os promotores, esse era suposto ind�cio de "rachadinha" - "devolu��o" de parte ou da totalidade dos sal�rios ao deputado. Fl�vio disse, � �poca, que todos os "mandatos na Alerj foram pautados pela legalidade e pela defesa dos interesses da popula��o."

O MP tamb�m apontou suposta a��o de organiza��o criminosa no gabinete de Fl�vio na Alerj e supostos sinais de que o hoje senador lavou o dinheiro na compra e venda de im�veis. O parlamentar acusou a promotoria de tentar atingir o governo do seu pai. O Coaf, por�m, tamb�m apontou suspeitas de outros assessores, deputados e ex-deputados, no documento gerado na Opera��o Furna da On�a, sobre corrup��o na Alerj.

Queiroz faltou a quatro convites para depor no Procedimento Investigat�rio Criminal (PIC) sigiloso do MP-RJ. Alegou problemas de sa�de - trata-se de um c�ncer, do qual se operou no Hospital Albert Einstein, em S�o Paulo. Seu desaparecimento por meses rendeu � oposi��o um mote - "Cad� o Queiroz?" -, desfeito depois que o PM aposentado foi localizado pela revista Veja, na capital paulista.

O ressurgimento se tornaria inc�modo em outubro, quando, em �udio, o ex-assessor foi flagrado afirmando que o MP teria "uma pica do tamanho de um cometa" para "enterrar" nele e em um interlocutor n�o identificado.

Outros ex-integrantes do gabinete tamb�m faltaram a depoimentos no MP. Apenas um, Agostinho da Silva, compareceu. Disse que entregava vencimentos ao ex-assessor, para que aplica��o na compra e venda de carros.

O pr�prio Queiroz, ap�s sustentar em entrevista ao SBT que "fazia dinheiro" comprando e vendendo ve�culos, apresentou ao MP defesa por escrito com vers�o modificada. Afirmou que recolhia os sal�rios dos colegas de gabinete para redistribu�-los por mais gente, pagando militantes e ampliando a base de Fl�vio. O ent�o deputado, de quem era assessor pr�ximo, desconheceria a pr�tica, segundo afirmou. Como o investigado n�o apresentou documentos (recibos, por exemplo) tornou-se dif�cil sustentar as alega��es.

� medida que a investiga��o se aproximava de Fl�vio Bolsonaro - inclusive com a quebra de seu sigilo banc�rio e de dezenas de outras pessoas f�sicas e jur�dicas ligadas a ele, determinada pelo juiz Fl�vio Itabaiana - aumentou o mal-estar no governo. "Venham para cima, n�o v�o me pegar", reagiu o presidente.

O Planalto j� se incomodara com a revela��o de que o Coaf mostrou que tinham sa�do da conta de Queiroz R$ 24 mil para a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, quando Jair Bolsonaro ainda era deputado federal, e ela, assessora parlamentar em Bras�lia. O presidente afirmou que se tratava do pagamento, na conta da sua mulher, de um empr�stimo que fizera ao assessor do filho. Antecipou ainda que outras presta��es poderiam aparecer. Como o ex-assessor do filho, n�o apresentou nenhum documento para comprovar o que dissera.

Foi nesse cen�rio de dificuldades que Fl�vio Bolsonaro tentou, por tr�s vezes, suspender as investiga��es que enfrentava, sem consegui-lo. S� teve sucesso quando o criminalista Frederick Wassef, muito pr�ximo dos Bolsonaros, foi ao Supremo Tribunal Federal. A defesa do senador alegou que, na pr�tica, o sigilo banc�rio do parlamentar tinha sido quebrado, sem autoriza��o do Poder Judici�rio.

O presidente do STF, Dias Toffoli, acatou a argumenta��o e, em 15 de julho, suspendeu liminarmente as investiga��es baseadas no compartilhamento, at� que o plen�rio da Corte se pronunciasse. Foram 136 dias de paralisia, sem que os promotores do Rio pudessem agir. Agora, a investiga��o ser� retomada, com a legitimidade dada pelo Judici�rio. Assim como centenas de outras, atingidas pela mesma medida. O Coaf, por�m, mudou de nome: agora � Unidade de Intelig�ncia Financeira e foi transferido para o Banco Central (BC).


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