O presidente da C�mara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta sexta-feira, 6, que o poss�vel aumento do fundo eleitoral n�o pode tirar recursos de �reas fundamentais, como Sa�de ou Educa��o. Questionado sobre a eventual eleva��o para R$ 3,8 bilh�es, em debate no Congresso Nacional, respondeu que o tema � "sens�vel", que ele n�o decide os valores e defendeu a necessidade de uma boa "explica��o" para os cidad�os sobre de onde vir�o os recursos.
"� um tema sens�vel, pol�mico e, para colocar qualquer valor, mesmo o da elei��o passada, precisa ter clareza de onde vai buscar recursos. Essa narrativa � a mais importante", afirmou Maia na sa�da de uma palestra em S�o Paulo.
"Em rela��o ao fundo, a sociedade n�o vai ficar satisfeita nunca, mas precisa financiar a democracia. Independente do valor, se � dois, tr�s, quatro (bilh�es), o importante � que n�o est� sendo em detrimento de nenhuma �rea fundamental". Maia afirmou ainda que n�o pode haver d�vidas de que a prioridade do or�amento p�blico � o cidad�o.
Maia destacou que a democracia precisa de financiamento e n�o v� problemas no uso do fundo eleitoral. "O aumento dele, nesse momento, vai gerar dificuldade, vai gerar pol�mica. Para que possa ser aprovado, precisa ter, por parte dos deputados e senadores, uma explica��o, uma transpar�ncia muito grande. O relator tem que vir a p�blico e mostrar que n�o est� tirando recurso da sa�de. Porque certamente n�o � esse o objetivo de nenhum dos deputados e senadores".
A C�mara aprovou nesta semana na Comiss�o Mista de Or�amento o aumento do fundo destinado ao financiamento de campanhas dos partidos para as elei��es municipais de 2020. O relator do projeto de Lei Or�ament�ria Anual (LOA) � o deputado Domingos Neto (PSD-CE). Ap�s aprova��o no grupo, o tema precisa ainda ser aprovado pelo plen�rio da C�mara e do Senado Federal.
Neto afirmou que o acr�scimo de R$ 1,8 bilh�o no valor destinado a financiar as campanhas eleitorais, quase o dobro dos R$ 2 bilh�es previstos pelo governo de Jair Bolsonaro, vem de uma nova estimativa de quanto empresas estatais v�o lucrar em 2020.
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