
Ap�s a opera��o do Minist�rio P�blico do Rio de Janeiro que mirou o senador Fl�vio Bolsonaro (sem partido-RJ), a defesa do parlamentar entrou com um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF). O caso, que tramita sob sigilo, est� sob a relatoria do ministro Gilmar Mendes.
Foram cumpridos ontem 24 mandados de busca e apreens�o em endere�os ligados a Fl�vio, a seu ex-assessor parlamentar Fabr�cio Queiroz e a familiares de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro.
A investiga��o mira suposto esquema de "rachadinha" no gabinete de Fl�vio na Assembleia Legislativa do Rio, quando ele era deputado estadual.
Em dezembro de 2018, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que um relat�rio do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) encontrou movimenta��es at�picas nas contas banc�rias de Queiroz, por onde passou R$ 1,2 milh�o, entre saques e dep�sitos. A troca de informa��es entre o Coaf e o MP-RJ fez a a��o ser paralisada por quatro meses por decis�o tomada pelo presidente do Supremo, Dias Toffoli, em julho.
Na pr�tica, como o habeas corpus de Fl�vio foi protocolado na noite da �ltima quarta-feira, 18, no Supremo, �s 23h43, o processo ainda pode ser analisado por Gilmar Mendes, mesmo com o in�cio do recesso do STF, que fez a sua �ltima sess�o plen�ria hoje.
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Procurada, a defesa de Fl�vio Bolsonaro n�o respondeu � reportagem at� a publica��o deste texto para esclarecer o pedido apresentado ao Supremo.
Fontes que acompanham o caso acreditam que as maiores chances de o senador obter uma vit�ria no Supremo e paralisar novamente as investiga��es seria durante o per�odo do recesso, que ficar� sob comando de Toffoli e do vice-presidente do STF, ministro Luiz Fux, at� o final de janeiro. Tanto Toffoli quanto Fux j� deram - tamb�m durante o plant�o do Supremo - liminares que beneficiaram o filho do presidente da Rep�blica neste ano.
Intelig�ncia
Nesta quinta-feira, 19, o presidente Jair Bolsonaro respondeu com insinua��es sobre o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), ao ser questionado sobre a opera��o do Minist�rio P�blico do Rio de Janeiro (MPRJ) em endere�os do "filho 01", e de seus assessores.
"Voc�s sabem o caso do Witzel, foi amplamente divulgado a�, intelig�ncia levantou, j� foi gravado conversa entre dois marginais citando meu nome para dizer que eu sou miliciano. Armaram", disse o presidente, sem deixar claro sobre qual levantamento de "intelig�ncia" se referia.