(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas POL�TICA

Bolsonaro tem no 1� ano apoio equivalente a Collor


postado em 21/12/2019 12:00

O governo Jair Bolsonaro chega ao fim de seu primeiro ano mantendo a tend�ncia de queda gradativa na avalia��o positiva e de aumento da insatisfa��o da popula��o. No in�cio de dezembro, a gest�o era considerada �tima ou boa por 29% dos brasileiros, segundo pesquisa CNI/Ibope divulgada ontem, 20. Essa taxa vem oscilando negativamente a cada pesquisa: 35% (abril), 32% (junho), 31% (setembro) e dois pontos porcentuais a menos no resultado atual.

J� a parcela que considera o governo ruim ou p�ssimo aumentou no mesmo per�odo: 27% (abril), 32% (junho), 34% (setembro) e 38% (dezembro). Os que veem a gest�o como regular s�o 31% - nesse caso h� estabilidade em rela��o aos resultados anteriores.

Ao fim do primeiro ano de mandato de Bolsonaro, a taxa de satisfa��o com o governo � quase a mesma do ex-presidente Fernando Collor de Mello no mesmo per�odo, conforme nova ferramenta do Estado que monitora a popularidade do atual governo e a compara com presidentes anteriores. A s�rie hist�rica de pesquisas Ibope, lan�ada hoje no portal estad�o.com.br, mostra que a evolu��o - ou revers�o - das avalia��es de Collor e Bolsonaro depois de praticamente 365 dias no poder segue ritmo parecido.

Os dois come�aram o mandato com uma taxa de satisfa��o pouco inferior a 50%, mas esta logo diminuiu. As pesquisas evidenciaram quedas incisivas perto dos quatro meses de gest�o: um recuo de 12 pontos porcentuais no caso de Collor e de 14 no caso de Bolsonaro. Depois dos desmoronamentos, n�o vieram recupera��es s�lidas, mas, sim, trope�os e solu�os.

Eleito em 1989, Collor anunciou uma s�rie de reformas econ�micas logo no dia seguinte � posse. Entre as interven��es do pacote que ficou conhecido como Plano Collor estava o confisco das cadernetas de poupan�a da popula��o. As medidas iniciaram uma crise pol�tica que culminou no afastamento do presidente ao fim de 933 dias de governo. Bolsonaro n�o congelou o dinheiro dos brasileiros, mas viu sua aprova��o derreter de maneira semelhante.

Na pesquisa divulgada ontem, al�m de medir a taxa de satisfa��o da popula��o em rela��o ao governo, o Ibope perguntou aos entrevistados se aprovam ou desaprovam a maneira de governar de Bolsonaro. Nesse caso, sem possibilidade de resposta equidistante como a op��o "regular", 41% disseram aprovar o presidente, ante 53% que o desaprovam. No levantamento anterior as taxas eram, respectivamente, 44% e 50%.

O n�vel de confian�a dos brasileiros em rela��o ao presidente tamb�m foi medido. A pesquisa mostra que 41% confiam em Bolsonaro, e 56% n�o confiam.

Mulheres

A insatisfa��o com os rumos da administra��o federal � bem maior no segmento feminino. O governo � considerado ruim ou p�ssimo por 42% das mulheres, taxa dez pontos porcentuais superior � dos homens (32%). Nada menos que seis em cada dez eleitoras n�o confiam no presidente. No sexo masculino, o eleitorado se divide pela metade entre os que confiam e os que n�o confiam.

Tamb�m h� diferen�as significativas de opini�o quando se divide o eleitorado por crit�rios geogr�ficos. No Nordeste, apenas 21% consideram o governo �timo ou bom. Essa taxa chega a 29%, 32% e 36% nas regi�es Sudeste, Norte/Centro-Oeste e Sul, respectivamente. No Nordeste e no Norte/Centro-Oeste as opini�es positivas e negativas sobre o governo pouco variaram nos �ltimos dois trimestres. J� no Sul e no Sudeste h� tend�ncia de piora da avalia��o.

Desde setembro n�o houve altera��es relevantes sobre o desempenho do governo por �rea de atua��o. Apenas no quesito seguran�a p�blica a taxa de aprova��o � maior que a de desaprova��o (50% a 47%). Nos itens sa�de, impostos e taxas de juros a parcela da popula��o insatisfeita com o governo � superior a 60%.

Para analistas ouvidos pelo Estad�o/Broadcast, os resultados frustraram expectativas de que no fim do ano Bolsonaro poderia recuperar parte de sua aprova��o entre a popula��o. Segundo o cientista pol�tico Carlos Melo, a melhora na economia, com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre, "n�o foi suficiente, por enquanto, para alterar a tend�ncia de avalia��o do governo". "(A varia��o no Ibope) Est� dentro da margem de erro, mas note que s�o n�meros baixos."

O Ibope ouviu 2.000 eleitores em 127 munic�pios, entre 5 e 8 de dezembro. A margem de erro � de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.

Crises

A atual avalia��o positiva de Bolsonaro � compar�vel � de outros governos apenas em momentos mais avan�ados do mandato presidencial, geralmente durante crises pol�ticas agudas. Dilma Rousseff, por exemplo, atingiu esse patamar durante os protestos de junho de 2013, com dois anos e meio de mandato. No m�s seguinte �s manifesta��es, as taxas somadas de "�timo" e "bom" de seu governo ca�ram de 55% para 31%.

Luiz In�cio Lula da Silva viu sua avalia��o positiva cair ao patamar de Bolsonaro duas vezes. A primeira foi em junho de 2004, com pouco mais de um ano e seis meses de governo e a segunda na metade de 2005, em meio � crise do mensal�o. Com a reelei��o no ano seguinte, a popularidade do petista come�ou a subir de forma quase cont�nua. No fim de 2009, Lula chegou a 80% de avalia��es positivas, melhor desempenho de um presidente em todo o ciclo iniciado ap�s o fim da ditadura militar.

Antecessor de Bolsonaro, o emedebista Michel Temer assumiu a Presid�ncia em 12 de maio de 2016 (at� agosto de forma interina), depois da abertura do processo de impeachment de Dilma. Ele terminou os primeiros 12 meses de mandato com a popularidade mais baixa: 13% da popula��o considerava a gest�o do Pa�s boa ou �tima. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)