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Estado de Minas POL�TICA

PF descarta emboscada de madeireiros no assassinato de �ndio Guajajara no MA


postado em 10/01/2020 11:40

Inqu�rito da Pol�cia Federal (PF) afastou as hip�teses de "conflitos �tnicos ou mesmo por emboscada de madeireiros" na morte do ind�gena Paulo Paulino Guajajara, assassinado em 1� de novembro de 2019 na terra ind�gena de Arariboia, localizada a cerca de 500 quil�metros de S�o Lu�s, capital do Maranh�o. O Conselho Indigenista Mission�rio contesta a conclus�o das investiga��es.

As investiga��es levaram � conclus�o de que "o lament�vel epis�dio se originou da troca de tiros motivada pela posse de uma das motocicletas utilizadas pelos n�o ind�genas". A Pol�cia Federal pede o indiciamento de quatro pessoas, cujas identidades n�o foram divulgadas.

As investiga��es encerraram-se em 12 de dezembro, e contaram com exames m�dicos periciais, testemunhos e declara��es dos envolvidos sobreviventes. O resultado do inqu�rito foi encaminhado � Justi�a Federal em S�o Lu�s, juntamente com todas as provas colhidas.

O resultado final do inqu�rito contraria vers�o de La�rcio Sousa Silva, �ndio Guajajara que estava presente no confronto. Ele acabou baleado no bra�o, mas sobreviveu.

La�rcio disse que eles foram v�timas de uma emboscada enquanto ca�avam dentro do seu territ�rio. Segundo ele, quando pararam para tomar �gua, ouviram barulho no mato e logo em seguida os tiros.Na ocasi�o, o n�o ind�gena M�rcio Gleik Moreira Pereira tamb�m morreu.

Indigenistas repudiam inqu�rito

O Conselho Indigenista Mission�rio acusa a Pol�cia Federal de "desconsiderar uma hist�ria de mais de 40 anos de conflitos com madeireiros nesse territ�rio, ao longo dos quais os ind�genas v�m sendo assassinados e tendo seus territ�rios destru�dos sem que nenhum assassino seja punido".

A nota segue. "Ao desprezar o contexto de viol�ncia e de viola��es aos direitos e territ�rios ind�genas, mesmo quando se trata de terras ind�genas j� demarcadas, a Pol�cia Federal demonstra sua op��o pol�tica pela criminaliza��o dos povos e de seus processos de luta por direito e por territ�rio, naturaliza o racismo institucionalizado pelo Estado e acaba por refor�ar, com esta posi��o, as pol�ticas de exterm�nio dos povos origin�rios."

O Conselho termina exigindo que as vozes dos pr�prios povos seja considerada na investiga��o, e espera que acabe a impunidade "dos que matam e mandam matar".

A nota conclui: "repudiamos ainda a atua��o de parte da m�dia que, ao reproduzir os argumentos falaciosos, refor�a a criminaliza��o e a posi��o desse governo e desse Estado etnocida."


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