
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira, 15, que o Brasil � o "pa�s dos subs�dios" e que deseja colocar um "ponto final nisso a�", mas n�o recuou sobre o governo avaliar subs�dio a contas de energia de templos religiosos.
Bolsonaro recebe nesta quarta o presidente da bancada evang�lica, deputado Silas C�mara (Republicanos-AM), favor�vel ao benef�cio �s igrejas. "Se for discutido o subs�dio �s igrejas, a gente decide, n�, depende de um decreto meu. Agora, tudo cai no meu colo, tudo. E s� vale depois que eu assinar", afirmou Bolsonaro.
O presidente lembrou que ter� de decidir em breve sobre manter subs�dio � produ��o de concentrados de refrigerantes na Zona Franca de Manaus. "O Brasil � o pa�s dos subs�dios. 4% do PIB vai para subs�dios. A gente pretende. J� sinalizamos. Queremos botar um ponto final nisso a�. Temos a decis�o tamb�m na semana que vem sobre os concentrados l� da Zona Franca de Manaus, que est� sendo discutido tamb�m", disse Bolsonaro.
O mandat�rio afirmou que o governo defende a "liberdade econ�mica", diferentemente, segundo ele, de gest�es passadas. "Agora, nosso caminho � a liberdade econ�mica, livre mercado, � uma economia completamente diferente do que vinha sendo adotada nos �ltimos anos".
Questionado se assinar� decreto para subsidiar a conta de luz de templos religiosos, Bolsonaro se esquivou. "Pode deixar que a decis�o a gente sempre procura atender toda a sociedade (SIC)", afirmou. Bolsonaro tamb�m n�o respondeu se poder� retirar algum subs�dio para garantir o benef�cio �s igrejas. "Tem de chegar para mim. Alguns problemas estou buscando solu��o, tem iniciativa para isso", disse.
Como mostrou o Broadcast/Estad�o, a pedido do presidente, minuta de decreto foi elaborada pelo Minist�rio de Minas e Energia e enviada � pasta da Economia, mas a articula��o provocou atrito no governo, j� que a equipe econ�mica rejeita a medida.
Pela minuta em estudo no governo, os templos passariam a pagar tarifas no hor�rio de ponta, quando h� maior consumo, iguais �s cobradas durante o dia, que s�o mais baratas.
Cada distribuidora tem seu pr�prio hor�rio de ponta, que dura tr�s horas consecutivas e se concentra entre o fim da tarde e o in�cio da noite durante dias de semana. Nesses hor�rios, o consumo de energia pode ficar 50% maior, e as taxas de uso, subir at� 300%. � justamente nesse per�odo que os templos costumam realizar cultos.
A alternativa em estudo para custear esses benef�cios � repassar o valor a outros consumidores, tanto residenciais quanto livres, via o encargo chamado Conta de Desenvolvimento Energ�tico (CDE).
A soma dos benef�cios embutidos na conta de luz e repassados para todos os consumidores atingiu R$ 22 bilh�es neste ano e tem sido alvo de preocupa��o da �rea econ�mica do governo. Embora o movimento seja para beneficiar templos religiosos de forma ampla, os evang�licos s�o o foco da medida.