
"Essa poss�vel recria��o poderia melhor gerir a quest�o da seguran�a, esse � o entendimento dos senhores (secret�rios). A gente vai estudar essas quest�es aqui e daremos uma resposta o mais r�pido poss�vel", disse Bolsonaro no encontro, que foi transmitido pelas redes sociais.
Segundo a reportagem apurou, no Minist�rio da Justi�a e Seguran�a P�blica, a avalia��o � de que o presidente falou o que os secret�rios gostariam de ouvir, mas ainda n�o h� uma decis�o sobre o assunto. Interlocutores de Moro entendem que, ao dizer que "vai estudar" a quest�o, Bolsonaro pode n�o levar adiante a proposta.
Quando aceitou o convite para ser ministro, Moro tinha como meta combater corrup��o e o crime organizado, o que deixava impl�cito a jun��o das pastas. Ele tamb�m fazia quest�o de ter o Conselho de Controle de Atividade Financeira (Coaf) sob o seu comando, o que j� perdeu.
No encontro com os secret�rios, o presidente afirmou haver um anseio popular em rela��o � seguran�a e que este � o "ponto mais sens�vel" nos Estados. Na reuni�o, secret�rios tamb�m sugeriram a isen��o do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para materiais de seguran�a e novas possibilidades de financiamento para o setor.
"Os objetivos s�o bastante complexos, passam pela isen��o de IPI para materiais de seguran�a, passam por quest�es de telefonia, passam por mais recursos para fundos e uma proposta que trouxeram aqui que seria a possibilidade de recria��o do Minist�rio da Seguran�a", resumiu o presidente ap�s os secret�rios apresentarem seus pedidos.
Bolsonaro ainda admitiu que �ndices de viol�ncia no Pa�s ainda s�o altos quando comparado com outras na��es, e citou a diminui��o da viol�ncia como uma forma de fazer a "economia girar". "A busca da diminui��o dessa viol�ncia em nosso Brasil tem que ser compartilhada por todos n�s, n�o � compet�ncia minha, do respectivo governador, � de todos n�s", disse.
A redu��o nas taxas de viol�ncia em 2019 tem sido comemorada por Moro, que atribui parte da queda � sua gest�o no minist�rio.
Sobre fala do presidente e a poss�vel divis�o do minist�rios, Moro repetiu a interlocutores o que havia falado no programa Roda Viva, da TV Cultura, na segunda-feira, 20. "Certas coisas n�o vale a pena discutir publicamente". Ele tamb�m afirmou que n�o foi ao encontro porque estava ocupado "com outras reuni�es", mas n�o especificou quais e com quem. Na agenda divulgada no site da pasta n�o constavam compromissos.
Estavam presentes no encontro com Bolsonaro, al�m dos secret�rios, os ministros Jorge Oliveira (Secretaria-Geral), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Augusto Heleno (Gabinete de Seguran�a Institucional).
Rea��o
O presidente da bancada da bala da C�mara, o deputado Capit�o Augusto (PL-SP), criticou a poss�vel recria��o do Minist�rio da Seguran�a P�blica.
"Primeiro fomos surpreendidos pela extin��o desse minist�rio. Agora, que a condu��o ia muito bem nas m�os do ministro S�rgio Moro, fomos surpreendidos novamente com esse possibilidade (de recria��o)", disse Augusto � reportagem.
Para o deputado, a bancada que representa a seguran�a p�blica no Congresso poderia ter sido consultada por Bolsonaro, o que n�o ocorreu. "Tudo o que � feito sem muito debate, n�o acho uma boa decis�o. Acho que seria uma forma simp�tica e respeitosa de se aproximar da bancada", afirmou. Para Augusto, a recria��o esvazia o minist�rio de Moro. "N�o era o momento de mexer."