
"O funcionalismo teve aumento de 50% acima da infla��o. Tem estabilidade de emprego, tem aposentadoria generosa, tem tudo. O hospedeiro est� morrendo, o cara virou um parasita. Dinheiro n�o chega no povo e ele quer aumento autom�tico. N�o d� mais", afirmou Guedes que participava de um semin�rio promovido pela Funda��o Get�lio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro.
Guedes foi aplaudido e continuou dizendo que a popula��o n�o aceita mais essa situa��o. Ele citou, ent�o, uma pesquisa do Datafolha segundo a qual 88% dos brasileiros s�o a favor da demiss�o de servidores por baixo desempenho. "S�o a favor da demiss�o do funcionalismo p�blico, da reforma administrativa. Est�o na frente da gente", disse.
Compara��o com os Estados Unidos
"Nos Estados Unidos, o cara fica quatro, cinco anos sem dar reajuste e, de repente, quando d� o reajuste, todo mundo fica 'oh, muito obrigado'. Aqui � obrigado a dar porque o dinheiro est� carimbado e ainda leva ovo, n�o pode andar no avi�o", acrescentou o ministro, sugerindo que o dinheiro destinado no reajuste do funcionalismo poderia ser usado para resolver outros problemas or�ament�rios do Brasil, como o corte dos gastos com sa�de e educa��o. "T� faltando dinheiro nos munic�pios, mas o dinheiro est� bloqueado", reclamou.
Guedes admitiu, por sua vez, que, como determinou o presidente Jair Bolsonaro, a proposta de reforma administrativa do governo n�o vai mexer nos direitos dos servidores atuais. O objetivo do texto, que ser� enviado ao Congresso na pr�xima semana, segundo Guedes, � desenhar um novo modelo de funcionalismo p�blico que corrija essas distor��es no futuro.
Os servidores atuais, contudo, poder�o ser atingidos por outra reforma proposta pelo governo: a PEC da Emerg�ncia Fiscal, que determina a suspens�o dos reajustes e das promo��es do funcionalismo p�blico em caso de emerg�ncia fiscal. Segundo o governo, a Uni�o e mais 14 estados poder�o fazer uso desses gatilhos de conten��o de gastos da PEC Emergencial.