Ap�s ser alvo da PF, presidente da Funasa � exonerado do cargo

O governo federal demitiu o presidente da Funda��o Nacional de Sa�de (Funasa), Ronaldo Nogueira, ap�s ele ser alvo de uma opera��o da Pol�cia Federal que investiga desvios de R$ 50 milh�es nos cofres p�blicos. A exonera��o foi publicada na edi��o desta quarta-feira, 12, do Di�rio Oficial da Uni�o e � assinada pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

A Opera��o Gaveteiro da PF apura irregularidades em contrato firmado pelo extinto Minist�rio do Trabalho, com uma empresa de tecnologia da informa��o para gest�o de sistemas e detec��o de fraudes na concess�o de seguro-desemprego em Bras�lia e em mais cinco Estados. Nogueira foi ministro da pasta durante a gest�o de Michel Temer.

Segundo a PF, a investiga��o teve in�cio com base em um relat�rio da Controladoria-Geral da Uni�o (CGU) que apontou que a contrata��o da empresa de tecnologia foi apenas um "subterf�gio" utilizado pela organiza��o criminosa que atuava no Minist�rio do Trabalho para desviar, entre os anos de 2016 e 2018, R$ 50 milh�es do �rg�o.

Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, apesar de alertas sobre poss�veis fraudes cometidas pela empresa, ela voltou a ser contratada no atual governo, de Jair Bolsonaro, desta vez pelo Minist�rio da Cidadania. Segundo documentos obtidos pela reportagem, a Business to Technology (B2T) atestou � pasta sua capacidade t�cnica usando como base as a��es que teria desempenhado anos antes no Minist�rio do Trabalho. Os alertas de irregularidades foram ignorados pelos respons�veis pela contrata��o.

Nogueira se aproximou do governo Bolsonaro por sua liga��o com os evang�licos, uma das bases de apoio do presidente. O agora ex-presidente da Funasa � pastor evang�lico e em sua trajet�ria pol�tica teve maci�o apoio da Conven��o dos Pastores e Igrejas Evang�licas Assembleia de Deus do Rio Grande do Sul. Seu ber�o pol�tico � Carazinho, cidade do interior ga�cho.

Ap�s desligar-se do governo Temer, foi um dos pol�ticos evang�licos mais influentes e exerceu lobby ativo na transi��o para o governo Bolsonaro.