
O advogado da fam�lia do presidente Jair Bolsonaro, Frederick Wassef, acrescentou mais uma cap�tulo � novela que se arrasta pelo pa�s em se tratando de crimes violentos. Nesta quarta-feira, em entrevista � Folha de S.Paulo, Wassef comparou o assassinato, na Bahia, do ex-capit�o do Batalh�o de Opera��es Especiais (Bope /RJ) Adriano da N�brega, 43 anos, � morte da menina �gatha Vit�ria Sales F�lix, de 8 anos, morta ao voltar para casa, no Rio de Janeiro, v�tima de um tiro, que se investiga se partiu da pol�cia ou de um marginal em confronto com policiais.
De acordo com Wassef, o caso Adriano, suspeito de comandar o chamado 'escrit�rio do crime', integrado por milicianos cariocas, "� mais grave'' do que a morte da menina no complexo do Alem�o, �rea permanente de conflito entre bandidos e policiais. Segundo o advogado, Adriano, ''nunca foi miliciano''.
Para o advogado, chamar Adriano de miliciano n�o passa de " farsa para atingir a fam�lia do presidente''. Em entrevista recente a jornalistas, o presidente Jair Bolsonaro admitiu que h� 15 anos ele pr�prio aconselhou o filho, o ent�o deputado estadual e hoje senador pelo Rio de Janeiro, Fl�vio Bolsonaro, para que indicasse a condecora��o legislativa a Adriano, que teve ainda a mulher e a m�e empregadas no gabinete do parlamentar.
"O que tem � um brasileiro, a quem chamaram de miliciano, de chefe do escrit�rio do crime, de envolvido na morte de Marielle [Franco, vereadora do PSOL assassinada em 2018] e de ser ligado � fam�lia Bolsonaro. Eu lhe afirmo e desafio a qualquer um no Brasil: todas as afirma��es s�o falsas, mentirosas e levianas", disse o advogado em entrevista � Folha de S.Paulo.
Trajet�ria
Nos �ltimos 20 anos, a trajet�ria de N�brega se cruzou com a de Fl�vio Bolsonaro. Essas liga��es vieram a p�blico por causa de duas investiga��es: um suposto esquema de rachadinha no gabinete de Fl�vio Bolsonaro, quando assessores devolvem parte dos sal�rios, e o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL).
Federaliza��o
O advogado defendeu a federaliza��o das investiga��es em torno do caso Adriano, a cargo da pol�cia da Bahia, estado administrado pelo governador Rui Costa (PT), advers�rio pol�tico da fam�lia Bolsonaro, a quem o presidente acusou de manter '' fort�ssimos la�os” com bandidos e que a “PM da Bahia, do PT” era respons�vel pela morte deAdriano.
Para Wassef, as investiga��es em torno do caso v�o comprovar que o policial foi torturado antes de, segundo ele, ser executado."Vindo da Bahia, � muito certo que ali est� tudo orquestrado", disse o advogado da fam�lia Bolsonaro.