
O Congresso Nacional manteve, nesta quarta-feira, 4, vetos aos dispositivos que entregariam aos congressistas o controle sobre a destina��o dos recursos das emendas parlamentares. Os vetos foram mantidos com 398 votos na C�mara - apenas dois votaram pela derrubada: Bruna Furlan (PSDB-SP) e Rog�rio Correia (PT-MG).
"Eu sou uma pessoa que voto sempre a pauta econ�mica do governo. N�o sou oposi��o. Mas acho que, pela falta de respeito, pelas declara��es, postura dele com a imprensa, com parlamentares, com chefes de outros pa�ses, pela irresponsabilidade dele, quanto mais decorativo melhor e (precisa) deixar quem quer trabalhar, trabalhar", afirmou Bruna Furlan ao Broadcast Pol�tico, sistema de not�cias em tempo real do Grupo Estado.
Os dois deputados fazem parte da ala insatisfeita com o conte�do dos novos projetos encaminhados pelo governo para regulamentar o or�amento impositivo. O Congresso acabou mantendo os vetos ap�s um acordo para votar essas novas propostas na pr�xima semana. O conte�do dos textos agradou aos deputados do centr�o da C�mara, aqueles que inicialmente eram os mais �vidos para derrubar os vetos.
Com as novas regras propostas pelo Pal�cio do Planalto, o governo continuaria ditando o ritmo de libera��o das emendas e poderia bloquear os recursos se faltar dinheiro em caixa. O relator-geral do Or�amento, por outro lado, seguiria definindo quem receber� e em que ordem de prioridade os recursos de suas emendas, que somar�o R$ 17,5 bilh�es neste ano.
"O governo Bolsonaro � ilusionista, quer fazer m�gica, quer enganar o povo. E agora faz um veto para que ele possa, atrav�s da sua prioridade, que n�o s�o as prioridades sociais, fazer os remanejamentos dentro do Or�amento e quer jogar a culpa dos seus fracassos no Congresso", afirmou o deputado Rog�rio Correia.