
Segundo o vereador disse, "houve a preocupa��o da Presid�ncia quanto � minha integridade f�sica". Moura atribui o pedido a essa preocupa��o. "Com base em tudo isso, tive que formalizar o pedido para cumprir os princ�pios legais." Os policiais que est�o protegendo o vereador s�o do efetivo que j� faz a seguran�a da C�mara.
A Presid�ncia da C�mara informou ter recebido o pedido do parlamentar na quinta-feira, 5, e que j� disponibilizou os PMs.
O assassinato de Jorge, de 52 anos, est� sendo investigado pelo Departamento de Homic�dios e Prote��o � Pessoa (DHPP) da Pol�cia Civil. Ele foi assassinado com dois tiros na cabe�a no estacionamento de uma padaria, no bairro Lajeado, onde teria ido almo�ar ap�s ir ao banco. Policiais civis identificaram a placa do carro que levou o empres�rio at� o local, intimaram testemunhas e recuperaram imagens de seguran�a do momento do assassinato.
As imagens mostram um rapaz de moletom azul e capuz surgir de tr�s do port�o do estacionamento da padaria, atirar contra a cabe�a do empres�rio e sair correndo. A pol�cia investiga se o crime foi uma execu��o por ordem de uma terceira pessoa.
Senival Moura e Jorge eram perueiros nos anos 1980, antes de o transporte clandestino ser regularizado na gest�o Marta Suplicy (2000-2004). O empres�rio continuou no sistema, enquanto o colega virou pol�tico. Ele chegou a ser identificado incorretamente como "assessor" do vereador na primeira comunica��o feita � PM sobre o crime.
Em 2012, o Minist�rio P�blico do Trabalho acusou Moura de contratar perueiros como "laranjas", declarando � Prefeitura serem donos de lota��es que, na verdade, pertenceriam ao vereador. As a��es trabalhistas terminaram em acordo e o parlamentar negou irregularidades.
Senival Moura � irm�o do ex-deputado estadual Luiz Moura, expulso do PT em 2014 ap�s ter sido flagrado pela Pol�cia Civil em uma reuni�o em que, segundo a investiga��o da �poca, havia membros da fac��o Primeiro Comando da Capital (PCC). O deputado negou qualquer liga��o com a fac��o criminosa. Diversas investiga��es do Minist�rio P�blico de S�o Paulo apontaram liga��es entre a organiza��o criminosa e as lota��es da cidade.
Em S�o Paulo, o transporte p�blico � dividido por �reas, e cada uma delas � operada por apenas uma empresa. Ao menos outros tr�s dirigentes ou operadores de lota��es da regi�o do crime j� foram assassinados nos �ltimos cinco anos: em 2015, o conselheiro fiscal da Cooperativa Paulistana, S�rgio da Concei��o Nobre Oliveira, foi morto na porta da garagem de �nibus em meio a discuss�es sobre a transforma��o da cooperativa em empresa. Em 2017, em novembro e dezembro, o diretor-propriet�rio da empresa Imperial Transportes, Thiago Celso Zanetti, e o propriet�rio de um dos �nibus, Jos� Ordilei de Oliveira, foram executados, segundo a pol�cia. A Imperial havia perdido a �ltima licita��o do sistema, feita no ano passado pelo prefeito Bruno Covas (PSDB), para a Transuni�o, do empres�rio assassinado nesta semana.