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Estado de Minas

'Ficar em casa', responde Sociedade Brasileira de Infectologia sobre fala de Bolsonaro

Em nota, SBI informou ainda, que o pa�s vive uma curva crescente de casos com n�meros que dobram a cada tr�s dias


postado em 25/03/2020 09:17 / atualizado em 25/03/2020 11:30

(foto: Isac Nóbrega/Presidência da República)
(foto: Isac N�brega/Presid�ncia da Rep�blica)
A Sociedade Brasileira de Infectologia emitiu parecer em nota, e afirmou que viu com preocupa��o o pronunciamento oficial do presidente Jair Bolsonaro dessa ter�a-feira (24). Durante o discurso, o presidente questionou o fechamento de escolas e chamou a COVID-19 de “resfriadinho”, o que, segundo a SBI pode “dar a falsa impress�o � popula��o que as medidas de conten��o social s�o inadequadas e que a COVID-19 � semelhante ao resfriado comum.”

A SBI classificou a pandemia como grave, e destacou que o n�mero de casos confirmados no mundo j� chega a 420 mil, com quase 19 mil �bitos, sendo 46 s� no Brasil. E afirmou ainda que “o Brasil est� numa curva crescente de casos, com transmiss�o comunit�ria do v�rus, e o n�mero de infectados est� dobrando a cada tr�s dias.”

A nota ressalta ainda que as medidas de restri��o social adotadas no pa�s tamb�m foram tomadas em pa�ses europeus e nos Estados unidos, e se fazem necess�rias quando a COVID-19 chega � fase de dissemina��o comunit�ria. “A epidemia � din�mica, assim como devem ser as medidas para minimizar sua dissemina��o. “Ficar em casa ï¿½ a resposta mais adequada para a maioria das cidades brasileiras neste momento, principalmente as mais populosas,” conclui.

Leia a nota na �ntegra:

Neste dif�cil momento da pandemia de COVID-19 em todo o mundo e no Brasil, trouxe-nos preocupa��o o pronunciamento oficial do Presidente da Rep�blica Jair Bolsonaro, ao ser contra o fechamento de escolas e ao se referir a essa nova doen�a infecciosa como “um resfriadinho”.

Tais mensagens podem dar a falsa impress�o � popula��o que as medidas de conten��o social s�o inadequadas e que a COVID-19 � semelhante ao resfriado comum, esta sim uma doen�a com baixa letalidade. � tamb�m temer�rio dizer que as cerca de 800 mortes di�rias que est�o ocorrendo na It�lia, realmente a maioria entre idosos, seja relacionada apenas ao clima frio do inverno europeu. A pandemia � grave, pois at� hoje j� foram registrados mais de 420 mil casos confirmados no mundo e quase 19 mil �bitos, sendo 46 no Brasil.O Brasil est� numa curva crescente de casos, com transmiss�o comunit�ria do v�rus e o n�mero de infectados est� dobrando a cada tr�s dias.

Concordamos com o Presidente quando elogia o trabalho do Ministro da Sa�de, Dr. Luiz Henrique Mandetta, e sua equipe, cujas a��es t�m sido de grande gestor na mais grave epidemia que o Brasil j� enfrentou em sua hist�ria recente. Desde o in�cio da epidemia, o Minist�rio da Sa�de e a Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (ANVISA) est�o trabalhando em conjunto com v�rias sociedades m�dicas cient�ficas, em especial com a Sociedade Brasileira de Infectologia, com v�rias reuni�es presenciais, teleconfer�ncias e trocas de informa��es quase que diariamente.

Tamb�m concordamos que devemos ter enorme preocupa��o com o impacto socioecon�mico desta pandemia e a preocupa��o com os empregos e sustento das fam�lias. Entretanto, do ponto de vista cient�fico-epidemiol�gico, o distanciamento social � fundamental para conter a dissemina��o do novo coronav�rus, quando ele atinge a fase de transmiss�o comunit�ria. Essa medida deve ser associada ao isolamento respirat�rio dos pacientes que apresentam a doen�a, ao uso de equipamentos de prote��o individual (EPI) pelos profissionais de sa�de e � higieniza��o frequente das m�os por toda a popula��o. As medidas de maior ou menor restri��o social v�o depender da evolu��o da epidemia no Brasil e, nas pr�ximas semanas, poderemos ter diferentes medidas para regi�es que apresentem fases distantes da sua dissemina��o.

Quando a COVID-19 chega � fase de franca dissemina��o comunit�ria, a maior restri��o social, com fechamento do com�rcio e da ind�stria n�o essencial, al�m de n�o permitir aglomera��es humanas, se imp�e. Por isso, ela est� sendo tomada em pa�ses europeus desenvolvidos e nos Estados Unidos da Am�rica.

M�dicos, enfermeiros, t�cnicos de enfermagem, fisioterapeutas e todos os demais profissionais de sa�de est�o trabalhando arduamente nos hospitais e unidades de sa�de em todo o pa�s. A epidemia � din�mica, assim como devem ser as medidas para minimizar sua dissemina��o. “Ficar em casa” � a resposta mais adequada para a maioria das cidades brasileiras neste momento, principalmente as mais populosas.


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