Bolsonaro volta a defender fim de isolamento em prol da economia e chama cr�ticos de 'demagogos'

 

 

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a defender o fim da quarentena para as pessoas fora do grupo de risco do novo coronav�rus na noite desta quarta-feira (25). Por meio do seu Twitter, o chefe do Executivo federal criticou a imprensa e a oposi��o e falou v�rias vezes em “demagogia” por parte dos cr�ticos.

 

Para o presidente, � poss�vel combater a Covid-19, que j� matou quase 19 mil pessoas em todo o mundo segundo a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), com as empresas funcionando.

 

 

 

A posi��o, no entanto, vai na contram�o do que os especialistas em sa�de p�blica defendem.O retorno das pessoas, mesmo aquelas fora do grupo de risco, ao trabalho aceleraria a prolifera��o da virose, explodindo o n�mero de casos.

 

  

 

Bolsonaro tamb�m disse que n�o est� preocupado com sua popularidade perante o eleitorado. Afirmou, ainda, que o povo “logo enfrentar� um mal maior do que o v�rus se tudo seguir parado”, fazendo clara alus�o � situa��o econ�mica do Brasil.

 

 

“N�o tem como desassociar emprego de sa�de. Chega de demagogia! N�o h� sa�de na mis�ria”, escreveu o presidente.

 

“N�o queremos descaso com a quest�o da Covid-19. Apenas buscamos a dose adequada para combater esse mal sem causar um ainda maior”, completou.

 

 

 

Essa foi a segunda manifesta��o p�blica do presidente depois que ele recebeu uma enxurrada de cr�ticas de especialistas em sa�de e personalidades, al�m de analistas e da popula��o, por causa do pronunciamento dado na ter�a em rede nacional.

 

O chefe do Executivo condenou, na grava��o, medidas como a quarentena para quem n�o faz parte do grupo de risco e o fechamento de escolas. Tamb�m voltou a classificar a Covid-19 de “gripezinha”.

 

Na manh� desta quarta, quando deixava o Pal�cio da Alvorada, Bolsonaro disse que vai discutir com o ministro da Sa�de, Henrique Mandetta, o “isolamento vertical”: somente para idosos e pessoas com doen�as cr�nicas.

 

Em coletiva durante a tarde, no entanto, o ministro frisou que sua equipe vai trabalhar com “crit�rios t�cnicos”, mas pontuou que as falas do presidente s�o de quem anseia pelo futuro da economia brasileira – que tamb�m deve ser motivo de preocupa��o no momento.

 

Mandetta tamb�m ressaltou que n�o deixar� o cargo por conta das falas do presidente. Disse que s� sair� se for por motivo de sa�de ou por decis�o de quem o nomeou, Jair Bolsonaro.